Best Cars Web Site

Mais próximo da realidade

Clique para ampliar a imagem

Ter um BMW novo ficou mais acessível com o 118i, que preserva
os valores e os atributos da marca por menos de R$ 100 mil

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Dos quatro faróis circulares até a "dobra de Hofmeister" nas janelas, um desenho típico da marca e com poucas diferenças diante do 120i

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Vincos, curvas e concavidades marcam o estilo do Série 1, lançado em 2004 e um dos vários projetos de Chris Bangle que causaram polêmica

Toda vez que se fala em tornar uma marca de prestígio mais acessível, vêm à mente casos bem ou malsucedidos no passado. Muitos se lembram do Mercedes-Benz Classe A, que tentou aplicar a fórmula de qualidade, requinte e tecnologia do fabricante de Stuttgart a um formato não usual. O resultado foi um Mercedes muito diferente e que, mesmo na Europa, vendeu bem menos do que a empresa pretendia. Há, por outro lado, o caso de sucesso do Audi A3, que por aqui aproveitou um ótimo momento para a marca de Ingolstadt e se tornou um duradouro sonho de consumo, produzido por oito anos no Paraná sem grandes alterações.

No caso da BMW, a proposta de oferecer um carro menor e mais acessível já vinha dando certo com o Série 1, lançado na Europa em 2004 e aqui no ano seguinte. Em meio ao notável crescimento de vendas em 2009 — a marca vendeu 83% mais que no ano anterior, sem contar a chegada da linha Mini —, a empresa de Munique decidiu trazer uma versão de entrada abaixo da "barreira psicológica" de R$ 100 mil: o 118i, lançado em junho por R$ 95 mil e que hoje custa R$ 99.500 por causa do aumento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ocorrido desde então. Embora o número que o identifica possa sugerir um motor de 1,8 litro, o carro usa o de 2,0 litros já conhecido do 120i (que não está disponível por aqui no momento), mas com menor potência. Já faz algum tempo que a BMW, assim como a Mercedes-Benz, abandonou o rigor que antes havia entre o número da versão e a cilindrada de seu motor.

Visto de fora, o 118i apresenta — à parte o logotipo na traseira — poucas diferenças para o "irmão" mais caro, como modelo das rodas de mesma medida e as ausências de lâmpadas de xenônio nos faróis (mas as unidades com duplo refletor de superfície complexa dão conta do recado) e de teto solar. O desenho do cinco-portas, uma das várias criações polêmicas do norte-americano Chris Bangle à frente do departamento de estilo da marca, tem forte identidade com sua combinação de curvas, concavidades, vincos e ângulos. Divide opiniões, mas preserva o mérito de ser facilmente identificado como um BMW, da grade dianteira bipartida até a "Hofmeister kink" — a dobra na parte traseira inferior das janelas laterais, criada pelo estilista Wilhelm Hofmeister para o modelo 1500 de 1961 e presente na grande maioria de seus carros desde então. Concorre para diferenciar o Série 1 de outros hatchbacks médios o uso de tração traseira, bastante raro na categoria. Enquanto a tendência aponta para para-brisas muito inclinados e quase em cima do eixo dianteiro, o Série 1 adota uma cabine recuada, vidro mais vertical e grande seção entre as rodas dianteiras e as portas. Seu coeficiente aerodinâmico (Cx) é bom, 0,31.

Nesta versão o ambiente interno é relativamente simples. Um tecido espartano cobre a parte central dos bancos, que trazem couro apenas nas laterais — combinação válida pelo conforto no clima tropical, além de reter mais o corpo nas curvas. O comando do ar-condicionado e a regulagem das principais funções do assento são manuais e não há ajuste de apoio lombar, mas surpreende encontrar um ajuste elétrico para os apoios laterais do encosto, que se abrem ou se fecham para segurar mais os ocupantes. Há também apoio regulável para as coxas, ideal para dar conforto em viagens a pessoas de diferentes estaturas. O restante é o habitual no Série 1, com desenho um tanto sóbrio e alguns plásticos rígidos, mas tudo montado com qualidade.

O motorista senta-se bem no banco de desenho perfeito e alta densidade de espuma (firme), que não cansa após horas ao volante. O acelerador preso ao assoalho é conveniente e os pedais não incomodam, embora estejam mais à esquerda do que deveriam por causa do túnel central de transmissão; o volante de três raios revestido em couro é perfeito em tamanho, desenho e espessura de aro. À frente, um quadro de instrumentos tradicional na aparência e na disposição dos mostradores, mas que cumpre bem sua função — até pela iluminação em laranja. Dentro da tendência atual, não há termômetro do motor, mas sim informações mais úteis como um medidor de nível de óleo. Nota-se claramente que na BMW a forma segue a função e não o contrário: mais que impressionar os olhos, seus projetos de interior buscam deixar tudo na posição, com a forma e o funcionamento ideais para sua majestade, o motorista. Continua

> Equipamentos de série e opcionais > Comentário técnico
> Simulação de desempenho > Ficha técnica
Próxima parte

Avaliações - Página principal - Escreva-nos - Envie por e-mail

Data de publicação: 13/3/10

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade