Exemplos estão por toda parte. Há um apoio de pé esquerdo bem definido; as alavancas de luzes de direção e limpador de para-brisa voltam à posição original após o acionamento ou a mudança de velocidade do limpador; a de seta conta com acionamento breve, em que as luzes piscam só algumas vezes para sinalizar mudança de faixa de rolamento; todos os controles elétricos de vidros contam com função um-toque, sensor antiesmagamento e temporizador; ao desligar a ignição com faróis acesos, todas as luzes se apagam, mas as de posição ficam ligadas se o interruptor estiver nesse ponto; o cinto tem a ancoragem externa inferior feita no banco, para manter a posição após ajuste do assento; a área de varredura do limpador de para-brisa é perfeita; a porta do motorista se destrava por fora em separado das demais, fator de segurança; e o retrovisor esquerdo é biconvexo (pena que o direito não seja também).

De resto, o carro traz um bom pacote de conveniências, como rádio/toca-CDs/MP3 de boa qualidade com conexão auxiliar e comandos no volante, acionamento automático de faróis e limpador de para-brisa, controlador de velocidade, comando do porta-malas na chave, ajuste de altura também no banco do passageiro, computador de bordo com indicação de consumo em nosso padrão (km/l), retrovisor interno fotocrômico, abertura e fechamento de vidros comandados a distância, mostrador de temperatura externa e alerta para porta mal fechada. Contudo, poderia vir com iluminação nos espelhos dos para-sóis, sensores de estacionamento traseiros e maior espaço para pequenos objetos; ainda, o porta-copos montado no console parece improvisado. Pela segurança há seis bolsas infláveis, sendo duas frontais (a do passageiro acionada apenas se houver ocupante no banco) de dois estágios, duas laterais dianteiras para o tórax e duas cortinas na área de vidros lateral; pontos de fixação Isofix para cadeira infantil; cinco encostos de cabeça e cintos de três pontos e controles de estabilidade e tração.

O 118i não é exatamente espaçoso por usar uma arquitetura pouco voltada a esse objetivo, com motor longitudinal, tração traseira, cabine recuada e altura de 1,42 metro. Mas o projeto foi feito para motorista e passageiro da frente se sentirem bem mesmo que tenham estatura elevada — apenas não se nota tanto espaço livre à frente e aos lados. No banco traseiro há boa acomodação para a cabeça e razoável para pernas e ombros, desde que sejam apenas dois passageiros. Um terceiro, além de sofrer com o encosto duro (embora não haja apoio de braço central) e com o túnel de transmissão no assoalho, desloca os demais para uma região côncava do banco que incomoda suas costas. O compartimento de bagagem, que tem a tampa aberta ao puxar o logotipo circular da BMW, oferece a capacidade regular de 330 litros, traz rede para retenção de objetos e um estojo de primeiros socorros na lateral, tipicamente alemão. O banco traseiro pode ser rebatido em 60:40 (apenas encosto) e não existe estepe, pois os pneus são do tipo run-flat, que podem rodar furados por 150 quilômetros a até 80 km/h.

Espírito esportivo   O motor do 118i é o conhecido quatro-cilindros de 2,0 litros e 16 válvulas com sistema Valvetronic e comando de válvulas Double Vanos (saiba mais sobre técnica). Ao abrir o capô — sustentado por duas molas a gás, mas pintado internamente apenas com fundo, assim como o cofre —, chamam atenção sua montagem inclinada para a direita, que reduz a altura do conjunto e abaixa o centro de gravidade, e a posição bastante recuada, em que o primeiro cilindro está praticamente na linha do eixo dianteiro. O intuito é bem conhecido na marca: obter a distribuição de massas entre os eixos mais próxima possível de 1:1, o que explica até a montagem da bateria sob o assoalho do porta-malas. Continua

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