Diferença de caráter

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Um focado na esportividade, outro a meio-termo entre ela e o
conforto: assim são as novas versões Sport para os Audis A3 e A4

Texto: Roberto Agresti - Fotos: divulgação

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Defletor, rodas de 17 pol em tom escuro e os característicos faróis do atual A3 conferem um aspecto interessante ao A3 Sport de três portas

A vontade da Audi de reforçar sua imagem e conquistar mais clientes no Brasil é mais do que evidente. Num momento em que as vendas na Europa e nos Estados Unidos estão com a marcha a ré engatada, as coisas por aqui vão muito bem — a marca cresceu quase 50% em 2009, acima do mercado como um todo e do segmento de luxo. Por conta disso, incrementar as opções no catálogo é a estratégia. Em dezembro chegaram S3 Sportback e TT-S — sofisticados, poderosos, custando entre 200 e 300 mil reais. Agora chega a vez do A3 Sport e do A4 Sport.

O primeiro retoma a linhagem do A3 de três portas, quase extinta com a "morte" em 2006 do A3 brasileiro feito em São José dos Pinhais, PR. Houve importação dessa opção na segunda geração, mas apenas com o modesto motor de 1,6 litro e 102 cv e não por muito tempo. Custando R$ 110 mil em versão básica, esse pequeno Audi entrega o que seu sobrenome — Sport — promete, ou seja, esportividade, mas sem a tração integral presente no S3 e com 20% a menos de potência, o que vale dizer ainda bons 200 cv. É a mesma mecânica já conhecida do A3 Sportback de cinco portas. Já o A4 Sport, também apenas com tração dianteira como o A3, vem para ser a versão intermediária de sua estirpe: nem tão essencial como o A4 Ambiente de 183 cv, que parte de R$ 150 mil, nem tão exagerado como o A4 Ambition, que com seu motor V6 de 3,2 litros e 269 cv exige um cheque de cerca de R$ 240 mil. Pela novidade a Audi cobra R$ 185 mil reais e oferece, em relação ao A4 mais simples do catálogo, mais potência e mais esportividade por meio de um pacote de componentes estéticos (para-choques, rodas, frisos) denominado S Line.

Avaliamos as duas novidades num percurso por excelentes rodovias do interior de São Paulo, mas, antes do relato das impressões desse breve contato, vale dar uma pincelada no conteúdo técnico desses alemães.

Um motor, dois câmbios   Ambos dividem o motor turboalimentado de quatro cilindros em linha e 2,0 litros com injeção direta. No A3 Sport a potência é de 200 cv, enquanto no A4 ela chega a 214 cv. Quanto ao torque, são 28,5 m.kgf para o hatchback enquanto o sedã dispõe de 35,7 m.kgf, nos dois casos em ampla faixa de rotações. A explicação para números tão diferentes deve ser creditada à eletrônica, que permite aos técnicos elaborar acertos específicos em função de cada utilização. O A3 pesa 1.330 kg, enquanto o volumoso A4 registra 1.475 kg na balança. E, é claro, não só o tamanho ou peso os diferencia, mas sobretudo as expectativas do usuário final de cada um deles. O cliente do A3 Sport está interessado num ágil compacto com viés esportivo, por pouco mais de R$ 100 mil, enquanto o do A4, apesar do nome Sport na certidão de batismo, quer levar para casa um imponente sedã, um veículo "de representação" que confere elevado status e, de quebra, traz bom espaço interno e de bagagem.

Outro histórico ponto de diferenciação entre A3 e A4 é a disposição do motor — transversal no hatch, longitudinal no sedã, pois são plataformas bem distintas —, assim como diferente é a caixa de câmbio escolhida para cada um. No A3 Sport reina a caixa manual automatizada S-Tronic de seis marchas com o requintado sistema de duas embreagens. As marchas tanto podem ser selecionadas por borboletas atrás do volante quanto pela alavanca no assoalho. A grande qualidade desse câmbio é a velocidade da troca de marchas e a suavidade com que ela acontece. Uma embreagem serve às marchas ímpares e a outra às pares. Quando uma marcha está trabalhando, a sucessiva já está a postos, faltando apenas a permuta de embreagens.

No A4 o câmbio é o não menos sofisticado Multitronic, a interpretação da Audi para o sistema CVT de transmissão continuamente variável. O sistema permite a seleção de oito marchas "virtuais", estabelecendo "degraus" no que seria em tese uma variação contínua. A eletrônica favoreceu a definição de oito estágios para permitir ao motorista optar entre deixar o câmbio na tradicional posição "D", onde sensores escolhem qual ponto do variador é adequado para a necessidade do momento (de acordo com rotação do motor, pressão no pedal do acelerador, etc.), ou escolher entre as oito possibilidades de "marchas". Continua

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Data de publicação: 23/1/10

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