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O herdeiro do XR3

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Carregando uma sigla de respeito, o Focus XR cativa
pelo comportamento, mas decepciona no desempenho

Texto e fotos: Fabrício Samahá
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Disponível em pacote único, incluindo a cor prata, o XR custa menos que o Ghia, mas perde muitos de seus itens de conforto e segurança sem ganhar em desempenho

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As cinco portas são práticas, mas destoam do apelo esportivo; a frente tem máscara negra nos faróis e grade de desenho próprio

Quem não sonhou com um Escort XR3 na década de 80? Foi certamente para tentar resgatar seu prestígio que a Ford aplicou a sigla XR — já utilizada no Ka — à versão esportiva do Focus, pré-apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo em 2002 e colocada à venda, como série limitada de apenas 360 unidades, em março último.

Um Focus de alto desempenho é algo que inúmeros entusiastas, conhecedores de seu comportamento dinâmico, reivindicavam há tempos. Só que a Ford parece não ter escutado direito — na verdade, parece ter colocado a contenção de despesas à frente de qualquer outro fator. Se no estilo e na suspensão o XR ficou tão bom quanto se esperava, a manutenção do motor original de 2,0 litros e 16 válvulas limita suas pretensões esportivas.

Não que o carro seja lento: apesar da perda de 4 cv de potência e de 1 m.kgf de torque na linha 2003, causada pelo novo fornecedor de motores (México em vez de Inglaterra, esta mantida apenas nos carros com câmbio automático), o saudável Zetec ainda se destaca pela distribuição de torque, em que o carro se move com agilidade a partir de 2.000 rpm, e garante um desempenho aceitável. Obteve aceleração de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e velocidade máxima de 205 km/h na simulação do BCWS.

Contudo, em um tempo em que Audi A3 Turbo, Golf GTI e Stilo Abarth ficam na faixa de 167 a 180 cv, oferecer uma versão esportiva com 126 cv soa mal, deixando-o para trás inclusive do Astra GSi e do Peugeot 307 Rallye, também 2,0 16V, que têm 136 e 138 cv, na ordem. A Ford poderia ter ousado um pouco e importado o motor de 170 cv das versões SVT (americana) e ST 170 (européia), mesmo que a um custo mais elevado. Mas sem dúvida pesou contra a necessidade de peças de reposição e treinamento de mão-de-obra para atender a uma série tão reduzida. Continua

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Data de publicação: 23/9/03

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