



O motor 1,8 de origem GM caiu bem ao picape: tem bom torque em baixa
rotação e, pelo tipo de uso do veículo, raramente manifesta seu
funcionamento áspero, mais percebido acima de 3.500 rpm |
No comparativo
Strada LX vs. Saveiro, em abril do
ano passado, o BCWS assinalava que o picape da Fiat ganharia com
o emprego do motor Corsa Lunga, aquele 1,6 16V lançado no Brava, com
maior torque em baixa. Pois a adoção do Powertrain 1,8 foi ainda mais
positiva nesse aspecto: o torque máximo passou de 15,4 m.kgf a elevadas
4.500 rpm (no Corsa Lunga é o mesmo, só que com melhor distribuição)
para 17 m.kgf a apenas 2.800 rpm. A 2.000 giros o novo motor já entrega
15,6 m.kgf, mais do que o máximo atingido pelo anterior.
Mesmo o motorista menos atento percebe a diferença logo ao arrancar:
agora o Strada sai ágil, dispensando regimes mais altos. A vantagem de
torque é tanta que a Fiat pôde alongar a quinta marcha e o diferencial,
somando 9%, sem prejuízo às retomadas. O motor sustenta melhor a
velocidade desejada, mesmo em subidas e com certa carga, e a rotação em
viagem caiu bastante (3.375 rpm a 120 km/h em quinta), o que reduz o
nível de ruído e atenua a percepção da aspereza do motor.
E como ficou seu desempenho? Pelos valores de fábrica, a velocidade
máxima caiu de 178 para 176 km/h, mas a aceleração de 0 a 100 km/h
baixou de 10,6 para 10,2 segundos. Aplicado ao
Simulador de Desempenho, o Strada 1,8 revelou números condizentes
com sua proposta. A aceleração de 0 a 100 km/h leva 11,2 segundos, a
retomada de 60 a 100, em quarta, requer 8,8 segundos e a velocidade
máxima chega a 174 km/h.
O câmbio mais longo e a facilidade com que o maior torque move o veículo
manifestam-se também no consumo, menor no novo motor: na cidade baixou
de 10,7 para 11,3 km/l, e na estrada, de 14,8 para 15,2 km/l, de acordo
com a Fiat.
Continua |