



Com suspensão elevada, pneus de perfil alto do tipo cidade/campo e oito
refletores de faróis que podem ser acesos em simultâneo, o Strada
Adventure encontra nas estradas de terra um de seus melhores caminhos |
A gradual substituição do
motor Fiat de 1,6 litro, 16 válvulas e 106 cv pelo Powertrain — de
origem GM — de 1,8 litro, oito válvulas e 103 cv, iniciada em novembro
pelo picape Strada, estendida ao restante da
família Palio e que em breve terá
seguimento no Doblò, já foi amplamente comentada no Best Cars Web
Site.
Ao lado das vantagens de menor custo (é mais simples e produzido em São
José dos Campos, SP em vez de importado da Itália) e maior torque, o
motor que nasceu em 2002 com o novo
Corsa apresenta uma conhecida aspereza de funcionamento (saiba
mais), que se opõe à grande suavidade do Fiat 1,6 e tira muito do
prazer de dirigir esses modelos.
Se para um Palio hatch a troca foi negativa, por eliminar uma de suas
características mais agradáveis — o crescimento de rotação rápido e
isento de vibrações —, para outros Fiats foi uma medida acertada. E o
melhor "casamento" entre o motor e o veículo se manifesta no Strada
Adventure, a versão com jeito fora-de-estrada do picape da linha.
Simples entender por quê. Ao contrário do mais esportivo Palio, o Strada
nasceu para ser conduzido em baixas rotações, seja como veículo de carga
(finalidade que acaba sendo rara para os picapes leves), seja como
transporte pessoal.
A combinação de peso mais elevado, aerodinâmica
desfavorável, maior altura de rodagem e pneus de uso misto
(cidade/campo) com maior diâmetro sempre fizeram do Adventure o modelo
da família menos adequado ao perfil do antigo motor, que exigia rotações
mais altas para entregar bom desempenho.
Continua |