O
mercado de picapes médios estava precisando um lançamento realmente
novo. Depois de reestilizações parciais do
Ranger, Frontier e S10 e do fim do
Dakota, apenas o Mitsubishi L200 Sport podia
ser chamado de moderno. Agora é a vez da Toyota, com um Hilux que só tem
o nome em comum com a antiga geração,
à venda no Brasil desde 1993 e remoçada em parte em 2001.
Suas linhas logo o identificam com o Corolla. Parece boa estratégia,
pois, além de bonito e moderno, essa imagem associa-se a um modelo
sinônimo de sucesso. E não é só seu aspecto externo que o assemelha ao
Corolla, mas também o interno, como as formas do painel. Além do aspecto
robusto, o novo Hilux incorpora uma certa classe, coisa que os
concorrentes diretos não o fazem — só transmitem robustez. O
coeficiente aerodinâmico (Cx) é muito
bom para o tipo de veículo, 0,37. A versão de topo SRV inclui
pára-choque traseiro, retrovisores e grade cromados, estribos e rodas de
alumínio de 15 pol com pneus 255/70.
Fabricado na Argentina como o antigo, o novo Hilux vem ao Brasil em 10
versões, que combinam cabine simples e dupla, tração traseira e 4x4,
motor turbodiesel de 2,5 litros ou 3,0 litros, câmbio manual e
automático e os acabamentos básico, SR e SRV. Os preços sugeridos variam
de R$ 65 mil a R$ 101,7 mil (veja tabela).
No mercado argentino a versão topo de linha custará bem menos, o
equivalente a R$ 82,6 mil — a razão é a menor carga tributária do país
vizinho. A Toyota oferece também cabine e chassi sem caçamba, para uso
de carrocerias especiais.
Por dentro
Em
matéria de conforto o novo Hilux veio recheado. O espaço interno foi
bastante aumentado: um passageiro de mais de 1,80 metro senta-se atrás
com conforto na traseira. Para quem vai adiante, o espaço e conforto é
de um carro médio. O motorista logo encontra boa posição, pois seu banco
e o volante têm regulagem de altura. Um defeito é a total
impossibilidade de fazer punta-tacco, ou seja, acelerar com o
calcanhar do pé enquanto se freia com a ponta, pois o túnel do câmbio é
justo ao pedal do acelerador. E essa é uma manobra comum no
fora-de-estrada pesado.
Um interessante ressalto longitudinal na borda da capota facilita a
entrada no alto veículo. Pisa-se no estribo, pega-se nesse ressalto e se
sobe — prático e fácil. Para quem compra picape para carregar coisas,
boas notícias: a caçamba, tanto com cabine simples quanto com a dupla,
segundo a fábrica, é a maior da categoria. Realmente é ampla e bem
aproveitada, não há ressaltos dos pára-lamas e tem ganchos de fora para
amarração. Os picapes carregam de 1.000 a 1.095 kg de carga, conforme a
versão.
Continua |





Estilo é sem dúvida um ponto
alto do novo Hilux, mas os motores silenciosos e com bom torque também
cativam; na último foto, a boa aparência da versão básica |