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O Hilux, em busca do lazer

Com novos motores e ampla oferta de versões, picape
Toyota quer livrar-se do estigma de veículo para trabalho

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Os picapes de origem japonesa -- Toyota Hilux, Mitsubishi L200, Nissan Frontier e, no passado, Mazda B2200 -- nunca desfrutaram no Brasil da mesma imagem de veículos de lazer dos S10, Ranger e Dakota, de base norte-americana. Seja pelo estilo mais rude, pelo motor menos potente ou pelas características de rodagem, são mais associados ao trabalho e ao uso utilitário. Mas os fabricantes querem mudar esse quadro.

Produzido desde 1997 na Argentina, o Hilux recebe agora um conjunto de modificações que visam claramente ao uso em lazer. Pela primeira vez há oferta de motores turbodiesel e a gasolina; a versão de tração 4x2 está de volta e tem a mesma altura de rodagem da 4x4; e alterações de estilo buscam modernizar a veterana carroceria conhecida desde 1992, quando passou a ser importado do Japão para o mercado nacional.

Na nova frente, a grade eleva o perfil central do capô e os faróis estão mais integrados

A frente é toda nova, com a grade de frisos verticais assumindo o destaque e elevando a parte central do capô. Os faróis estão mais integrados -- antes vinham recuados, estilo que se mantém em outros países onde é produzido -- e têm lente de policarbonato; as luzes de posição são envolventes. Os cromados permanecem na grade, pára-choque e retrovisores das versões de luxo. De resto, apenas a caçamba de laterais lisas, sem vinco e ganchos de amarração externos, que continuam apenas na versão diesel mais despojada.

Se não consegue cativar os picapeiros que já não gostavam da linha anterior, o novo desenho traz certa atualidade e deve agradar aos proprietários do antigo Hilux. Novidades internas, poucas: opção de rádio/toca-CD e bolsa inflável para o motorista, encostos de cabeça e cintos de três pontos para dois dos passageiros do banco traseiro, retoques no painel. As maiores atrações são mecânicas.

Clique para ampliar a imagem O Hilux continua primando pela robustez e valentia no fora-de-estrada, mas a Toyota pretende conquistar mais usuários urbanos com melhorias em conforto, segurança e desempenho

O antigo motor diesel de 2,8 litros e aspiração natural passou a 3,0 litros, ganhando 13 cv de potência (agora 90 cv) e chegando a 19,6 m.kgf de torque. A Toyota alega melhoras no nível de ruído e vibrações, perceptíveis ao rodar com o veículo. O desempenho está um pouco melhor, mas continua insatisfatório para quem pretende rodar como em um automóvel.

Para esses, boa opção será a inédita turbodiesel, também de 3,0 litros, com o mesmo motor já conhecido do utilitário-esporte Hilux SW4. Trata-se de unidade bem distinta da versão aspirada, com bloco próprio e dimensionado para o uso de turbocompressor. Com injeção eletrônica de combustível e acelerador também eletrônico (drive-by-wire), desenvolve potência de 116 cv e torque de 32,1 m.kgf. Chega ao mercado apenas em outubro e, por isso, não pôde ser avaliado pela imprensa.
Continua

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