A avaliação do novo Hilux na região de Buenos Aires, na Argentina, permitiu boa análise do potencial fora-de-estrada da versão diesel de 90 cv em atoleiros um tanto severos, embora sem ladeiras. Sua valentia impressionou e o motor está mais silencioso, embora ainda incomode em altas rotações.

Já a versão a gasolina contou com um percurso limitadíssimo, apenas suficiente para sentir as respostas bem presentes em qualquer regime, apesar das 16 válvulas, e o funcionamento até que suave, mesmo com generosos 673 cm3 por cilindro. Sequer foi possível rodar no asfalto para analisar o comportamento dinâmico nas velocidades que o Hilux agora pode atingir.

As demais características permanecem. Entre as positivas, reduzido diâmetro de giro, bom volante de quatro raios, acabamento bem cuidado na versão SRV, vários espaços para objetos, porta-copos escamoteável, pára-brisa com faixa degradê e repetidores de luzes de direção nos pára-lamas.

De negativo, o espaço muito limitado para os passageiros (e até o motorista, se de estatura elevada), o assoalho muito alto em relação aos assentos, cintos sem ajuste de altura e a rigidez da suspensão. Há ainda o desenho antiquado de muitos elementos internos, como maçanetas, comandos e a alavanca do freio de estacionamento, sob o painel. O teto não possui forro pré-moldado.

O motor diesel aspirado passou a 3,0 litros e 90 cv, ganhando também em nível
de ruído. Interior tem detalhes funcionais, mas falta espaço para ocupantes mais altos

O Hilux não mudou muito, mas evoluiu em vários aspectos. Os preços básicos começam em R$ 35,9 mil, bem menos que na linha anterior (pois não havia motor a gasolina), e chegam a R$ 57,4 mil (veja tabela), aumento discreto sobre a antiga versão SR5 diesel de 77 cv. A maior expectativa, porém, é pelo preço e o desempenho do picape turbodiesel, a ser lançado em outubro, que deve ter a preferência de boa parte dos brasileiros.

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