


Os 28 cv adicionais não se
refletem em velocidade máxima, mas o Ranger ficou bem mais ágil, além de
reduzir em muito o nível de ruídos e vibrações
|
Eis
que a reformulação do Ranger está completa. Havia começado em agosto,
quando ganhou novo desenho e suspensão aprimorada (leia
avaliação). Agora a mudança foi bem mais radical para quem não abre
mão de desempenho.
O Ranger Electronic é a primeira linha de picapes com motor diesel
eletrônico, o Power Stroke Electronic 3,0, que desenvolve 163 cv a 3.800
rpm e torque de 38,7 m.kgf entre 1.600 e 2.200 rpm. São 28 cv a mais do
que o modelo anterior de 2,8 litros com turbocompressor
de geometria variável (TGV) ou 31 cv adicionais ao antigo sem
esse recurso, mas o torque sobe apenas 0,5 m.kgf em relação ao 2,8 com TGV. Dados de fábrica dão conta de que acelera de 0 a 100 km/h em 12,9
segundos e atinge velocidade máxima de 165 km/h (aumento de 5 km/h
apenas), consumindo menos na média.
O novo motor, fornecido pela International Engines como o anterior, é o
primeiro em um picape no mercado nacional com
injeção eletrônica de duto único e
alta pressão (1.600 bar). O cabeçote de alumínio contribui para reduzir
o peso e aumentar a eficiência e agora são quatro válvulas por cilindro.
A injeção vem com atuador piezoelétrico, que utiliza um cristal cuja
função é alterar sua geometria de acordo com a passagem da corrente
elétrica, em vez de bobina eletromagnética. A vantagem é um controle
melhor da quantidade de combustível injetada no motor.
O desempenho mais “apimentado”, digamos, fez com que durante a
apresentação à imprensa (realizada em Recife, PE no último fim de
semana) o supervisor de desenvolvimento de produtos da Ford, Klaus
Mello, fizesse uma analogia no mínimo inusitada. “Estamos implantando a
etiqueta na engenharia. Nós damos o doce, mas damos o guardanapo
também”, afirmou, para depois ser citado pelo presidente da empresa,
Antonio Maciel Neto, como uma das curiosidades da conferência de
imprensa.
Continua |