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A suspensão é confortável como a de um carro, mas os pneus e a tração dianteira não aconselham aventuras fora-de-estrada
 

Simulação de desempenho
A análise do EcoSport pelo Simulador de Desempenho do consultor Iran Cartaxo revelou desempenho adequado ao que se espera de um veículo pequeno de 143 cv. A velocidade máxima poderia ser 11 km/h maior se não houvesse a limitação eletrônica, mas isso o levaria a superar o limite dos pneus.

O desempenho geral supera o do Honda CR-V de motor 2,4-litros (156 cv) e câmbio automático, o único outro utilitário esporte que simulamos até agora (apenas nas retomadas o japonês vence, pois seu câmbio reduz marchas automaticamente). E, embora a quinta do EcoSport ainda pudesse ser 6% mais curta para equilibrar os regimes de potência e de velocidade máxima (ficaria 400 rpm abaixo, a 191 km/h), já é curta o bastante para elevar o nível de ruído em estrada, pelo que o preferiríamos cerca de 10% mais longo.
Velocidade máxima* 191 km/h
Regime à vel. máxima (5ª.) 5.600 rpm
Regime a 120 km/h (5ª.) 3.525 rpm
Potência consumida a 120 km/h 34,9 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 10,5 s
Aceleração de 0 a 400 m 17,2 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 31,6 s
Retom. 80 a 120 km/h (5ª.) 13,3 s
Retom. 60 a 100 km/h (4ª.) 9,0 s
Consumo em cidade 6,8 km/l
Consumo em estrada 11,1 km/l
* Velocidade possível caso não houvesse limitador eletrônico, que na verdade a limita a 180 km/h

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O grande problema do EcoSport é, na verdade, o mesmo fator que parecia ser seu maior trunfo: derivar de um carro pequeno e (relativamente) barato como o Fiesta. Como a prática já mostrou em outras ocasiões — como no Ka Black e no Twingo Initiale —, transformar um veículo desta classe em um modelo de segmento superior não é fácil, pois sempre restam vestígios de sua proposta inicial. E esses vestígios estão por toda parte no novo Ford.

Como automóvel   Posicionado bem baixo em seu compartimento, o que não eleva muito o centro de gravidade, o motor Duratec promete desempenho de esportivo ao EcoSport. Os 143 cv levando 1.220 kg resultam em relação peso-potência de 8,5 kg/cv, melhor que a de muitos carros médios considerados rápidos.

De fato, o utilitário move-se com destreza desde baixas rotações, tornando o dirigir agradável no trânsito urbano. Em um tráfego tranqüilo é possível manter o conta-giros entre 1.200 e 2.000 rpm com torque suficiente. Quem só se interessa pela segunda metade do instrumento, porém, não vai gostar muito: o motor produz um bocado de ruído e vibração em alta rotação, nem parecendo ter uma boa relação r/l (saiba mais sobre técnica abaixo) e revestimento fonoabsorvente sob o capô.

Se isso não o incomoda, acelerar é com ele mesmo: a simulação elaborada pelo consultor Iran Cartaxo (ao lado) apontou 0-100 km/h em bons 10,5 segundos e velocidade máxima possível de 191 km/h. Na prática, porém, o limitador eletrônico impede que se passe de 180 km/h, uma escolha da marca em prol da segurança.

As retomadas são rápidas, em função das relações de marcha algo curtas em vista da potência disponível, mas às custas do nível de ruído. Isso o torna inconveniente na estrada: a 120 km/h já se precisa elevar a voz para conversar, pela soma de barulhos mecânicos e de rodagem. O consumo é alto (6,8 km/l na cidade e 11,1 km/l na estrada pela simulação) e, devido ao diminuto tanque de 45 litros, a autonomia fica um tanto limitada — outra conseqüência de se basear em um carro pequeno.

De resto, o EcoSport comporta-se bem na maioria das situações. O câmbio é leve, preciso, tem engate direto da marcha à ré (sem travas desnecessárias) e alavanca na altura certa — ao contrário de outros modelos que ganharam bancos mais elevados que no projeto original de suas plataformas, como Meriva e Zafira. Continua

Comentário técnico
> Um dos pontos altos do EcoSport é o motor Duratec de 2,0 litros e 16 válvulas, produzido no México, de geração mais moderna que o Zetec do Focus. Entre seus avanços estão o bloco de alumínio (menor peso, maior dissipação de calor) e a melhor relação r/l, de 0,298 contra 0,312 do Zetec. Neste caso, porém, o índice de vibrações nos levaria a imaginar uma r/l menos favorável, talvez pela má absorção desses efeitos pelo veículo.

> Novidade é a válvula termostática (que controla a circulação do líquido de arrefecimento) eletrônica, que mantém o líquido em temperaturas mais altas que o usual, para menor consumo e melhor desempenho. A corrente que aciona os comandos de válvulas nunca requer manutenção e as bielas são fraturadas — fundidas em peça única e então quebradas por laser, o que garante encaixe perfeito entre as duas partes.
> Outro destaque do EcoSport é a rigidez da estrutura. A rigidez torcional (898 kNm/rad) é 49% superior à do novo Fiesta, que já é das melhores do segmento, e a resistência à flexão é de 12.255 N/mm. Há uma barra de amarração entre as torres da suspensão dianteira, que contribui para manter sua geometria mesmo em condições extremas, como o uso em pisos muito desnivelados.

> Os pneus Pirelli P4 Cinturato, exclusivos, são do tipo assimétrico, em que há lados externo e interno de montagem. Além do desenho voltado ao asfalto, notam-se os largos sulcos, que afastam o risco de aquaplanagem — já que 205 mm são muita seção para um carro desse peso. Além disso, reduzem um pouco a área de contato com o solo, permitindo a opção por pneus mais largos sem comprometer o desempenho.

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