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Comparativo Completo
Mecânica, comportamento e segurança

O motor 1,6-litro do Clio é conhecido no Brasil: o mesmo do Mégane RN hatch. A configuração é idêntica nos seis modelos em questão, com comando único, oito válvulas e injeção multiponto. A inovação fica por conta do Fiesta e seu acionamento de válvulas com roletes, origem do nome Rocam (saiba mais).

Clio é o mais modesto em desempenho, apesar do torque bem distribuído. GM
anuncia aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 9,9 s para o Corsa (dir.)

Com 90 cv, o Renault empata em potência com o 206 e perde por pouco para os demais. O Ford é o mais potente (95 cv) e de maior torque: 14,11 kgf.m, contra 14 do Clio e 206, 13,9 do Gol e 13 dos outros. Fiesta, Clio e 206 primam pela suavidade de funcionamento.

Números de fábrica (confira tabela) apontam o Peugeot como o mais veloz, com 185 km/h, vantagem consistente sobre os 168 km/h do Clio. Os demais ficam na faixa 176-179 km/h. Já na aceleração de 0 a 100 km/h o Corsa -- mais leve do segmento, ao lado do Palio -- se destaca: 9,9 s, bem melhor que Peugeot, Gol e Clio, com Palio e Fiesta em posições intermediárias. Falta explicação para a vantagem do 206 em velocidade, enquanto as marcas do Ford parecem modestas diante do bom rendimento do motor Rocam.

Peugeot tem ótima estabilidade e a maior velocidade máxima declarada, mas
peso prejudica as arrancadas. Consumo não é o forte do Palio (dir.)

O Fiesta sai na frente, porém, em consumo urbano: a marca divulga 12,7 km/l, pouco melhor que o Corsa. O 206 consome mais, reflexo do maior peso entre os seis modelos, mas é o líder em consumo rodoviário -- 17,9 km/l, empate técnico com o Corsa, seguidos por Fiesta, Gol, Palio e Clio. Um tanque maior faria bem ao Ford, pois o atual de 42 litros limita sua autonomia.

Engates de câmbio estão em bom nível em todos, mas alguns Gols têm apresentado primeira e segunda marcha imprecisas, que parecem engatadas quando não estão. O uso da ré no Clio é como o do Corsa, com anel-trava -- necessário por estar no mesmo local da primeira. Gol e Palio utilizam travas em excesso (já existem no interior do câmbio), enquanto Fiesta e 206 as dispensam, adicionando conforto. É estranho no Renault o balanço da alavanca conforme se acelera, já notado no Mégane.

Engates do câmbio do Gol (esq.) não têm a precisão dos antigos VW. Torque em baixa
rotação é ponto alto do Fiesta, que evoluiu muito com motor Zetec Rocam

Os seis modelos recorrem ao conceito McPherson na suspensão dianteira e ao eixo de torção na traseira, exceto o 206, que utiliza atrás braço arrastado e barra de torção e, ainda, oferece sistema autodirecional -- as rodas esterçam ligeiramente na direção da curva, o que previne saídas de traseira. O melhor comportamento dinâmico é justamente do Peugeot, que permite tomar as curvas como um esportivo, apesar dos pneus convencionais (175/65 R 14). Mas os demais, Clio incluído, não decepcionam. Continua

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