O motor dianteiro e refrigerado a água, com quatro cilindros em linha, tinha cilindrada de 1.463 cm³ e potência de 34 cv a 3.500 rpm. Com bloco e cabeçote de ferro fundido, tinha válvulas laterais e era alimentado por um carburador de corpo simples. Seu virabrequim usava apenas dois mancais, não a melhor solução para um funcionamento suave. A verdade é que este propulsor, herdado do Monaquatre, já estava bem antiquado. Com tração traseira e caixa de três marchas com alavanca no assoalho, em que a primeira não era sincronizada, o Celtaquatre atingia velocidade máxima de 105 km/h. |
A linha contou com modelos mais joviais, como o cupê (foto) e os conversíveis, um deles com "banco da sogra" na parte traseira |
![]() |
Seu maior apelo na propaganda, porém, era a economia: preço atraente
e consumo de 12,5 km/l. Sua suspensão era muito simples. Tanto atrás
quanto à frente tinha eixo rígido, o dianteiro com feixe de molas
longitudinais e o traseiro com feixes em posição transversal. Os
quatro freios a tambor, acionados por cabos, não eram muito
eficientes. As rodas em aço estampado usavam pneus na medida
130-400. Em 1935 a empresa montava uma equipe de pilotos. No palco
de recordes francês, a pista Montlhéry, foram atrás de novos números
para impulsionar as vendas. Durante seis horas, quatro modelos
rodaram e obtiveram uma média de 111 km/h. Foi um feito e tanto para
a época. |
![]() |
![]() |
Na publicidade, destaque à
relação custo-benefício ("o primeiro carro completo oferecido a tal preço") e aos resultados nas pistas ("primeiras provas, primeiros sucessos") |
Era lançado também um simpático conversível de duas portas com
capota de lona, disposto a rivalizar com o similar lançado pela
Citroën. Atrás tinha um segundo banco de dimensões reduzidas,
conhecido mundialmente como banco da sogra, que não era muito
cômodo. Devido a este tipo de arquitetura, o compartimento para
bagagens era mínimo e só cabia o estepe. Chegava ainda um cupê com
linhas harmônicas e esportivas. Dele se originou o conversível Coach
Coupé, que se diferenciava do outro modelo aberto pela segunda
janela lateral e por abrigar quatro pessoas em um só compartimento —
a sogra agradecia pelo conforto... Vinha com duas cores na
carroceria, mas quem quisesse uma só pagava a mais. |
![]() |
A série ADC2, de 1937, trazia grade em forma de "V", novas rodas e a opção de porta-malas saliente na traseira |
Foram ao todo 44 mil exemplares deste modelo de pouca duração, mas que colocou a Renault em um padrão de estilo menos convencional. Estava posicionado na linha entre o novo Juvaquatre, menor que o Celta, e o Novaquatre. O Celtaquatre não tinha mais lugar nas concessionárias em 1939. |
Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos © Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade |