O jovem da Renault
Nascido
antes da guerra, o pequeno Juvaquatre deu origem a |
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Fundada em 1898 pelo industrial francês Louis Renault e seus irmãos
Marcel e Fernand, e produzindo automóveis de rua desde 1905, a Renault
estava centrada na década de 1930 em modelos de certo luxo, como o
Primaquatre e o Celtaquatre. Naquele período, no entanto, fatores como a
ascensão da Frente Popular na França e o surgimento de uma massa de
compradores de baixa renda, gerada pelas novas condições de trabalho,
fizeram Louis Renault pensar em um automóvel popular, que ocupasse o
segmento de entrada do mercado francês, com uma potência fiscal
(categoria para incidência de tributos) de 6 cv. |
O Coach, um sedã de duas portas sem acesso externo ao porta-malas (ao lado), foi o primeiro Juvaquatre; o modelo de quatro portas (no alto) viria em 1939, atendendo a pedidos |
O
interior simples trazia bancos dianteiros individuais, mas tão juntos
que pareciam um inteiriço... No painel em posição central, o
velocímetro de formato inusitado — um semicírculo invertido, com
indicação ascendente da direita para a esquerda — continha pequenos
mostradores: de combustível, amperímetro e em alguns casos relógio. O
volante de três raios era enorme para o porte do carro.
Havia duas opções de acabamento: Luxe e Grand Luxe, esta com a adição
de pára-choque traseiro (que chegaria ao modelo básico no ano
seguinte), pára-sóis, dois limpadores de pára-brisa em vez um só, luz
interna e detalhes cromados — não exatamente o conceito de luxo que
temos hoje. O Luxe só podia ser pintado de azul ou preto. |
O interior simples e pouco espaçoso: bancos individuais bem próximos, um grande volante e o velocímetro em forma de semicírculo no centro do painel |
A mecânica contava com alguns refinamentos para sua classe, como a suspensão dianteira independente (com feixe de molas semi-elíticas transversal, assim como o eixo rígido traseiro) e, de 1939 em diante, comando hidráulico dos freios a tambor, uma primazia dentro da marca. O câmbio manual de três marchas tinha a primeira não sincronizada e os pneus usavam as medidas 4,75-16 e 155-400 (aro em milímetros), conforme a versão. Para demonstrar sua valentia, a Renault promoveu uma prova de 5.380 quilômetros no circuito de Montlhery, perto de Paris. Quatro pilotos o dirigiram por 50 horas à média de 107 km/h. Continua |
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