Visto de lado eram notáveis as duas entradas de ar. Uma ocupando boa parte do pára-lama dianteiro, perto da imensa porta; a outra, bem menor, atrás da caixa de roda traseira. Para um esportivo, a visibilidade para qualquer ângulo era muito boa. O vidro traseiro amplo e envolvente facilitava as manobras. Por dentro os oito mostradores do painel, da marca Veglia, vinham inseridos em madeira de alta qualidade. O volante de três raios metálicos tinha aro também de madeira e, nos bancos dianteiros espaçosos, forrações de portas e console central, o couro de ótimo padrão estava presente. Ar-condicionado era opcional. |
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No interior desta versão de 7,0 litros, o luxo e o conforto do Grifo: revestimento em couro, volante com aro de madeira, painel completo |
Por
baixo do capô estava um motor Chevrolet, mas nas tampas do cabeçote
havia a inscrição da marca italiana e não a da americana. Com cilindrada
de 5.359 cm³, o famoso V8 Turbofire 327, alimentado por um carburador de
corpo quádruplo da marca Carter, fornecia potência de 340 cv a 6.000 rpm
e o torque brutal de 54 m.kgf a 4.000 rpm (valores
brutos). Com ele o carro fazia de 0 a 100 km/h em apenas 6,7
segundos e chegava à velocidade final de 255 km/h. A caixa de câmbio
BorgWarner tinha quatro marchas, com opção por cinco, e a tração era
traseira com diferencial autobloqueante. |
Mostrado em uma miniatura, o Grifo Targa foi desenhado por Gandini e teve apenas 14 unidades produzidas, ainda com o motor V8 327 |
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Em
1966 era apresentada a bela versão Targa do Grifo, desenhada por
Marcello Gandini, e pouco depois um conversível. O primeiro teve 14
unidades produzidas, e o outro, apenas o protótipo. Três anos após era
lançada a versão de 7,0 litros, ainda mais potente. O famoso motor 427
L71 de bloco grande da GM tinha 6.996 cm³ e 406 cv, com os quais
atingia os 100 km/h em cerca de cinco segundos e beirava os 300 km/h.
Além da caixa manual de quatro marchas era oferecida uma automática.
Por fora havia uma nova entrada de ar, retangular e alta, que destoava
do conjunto. |
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A versão IR-8 de 1972, com motor Ford V8 351, foi a última do Iso Grifo, que deixaria o mercado três anos depois |
No
mesmo ano, no Salão de Turim, surgia a série IR-9 CanAm. Os esportivos
eram equipados com os mesmos motores dos carros que competiam no
famoso campeonato canadense-americano: o V8 454 LS5 do Corvette, de
7,45 litros, com potência estimada em 395 cv. Com a renovação da
concorrência, na época seus adversários nas ruas eram o
Lamborghini Miura, o
Monteverdi Hai 450 SS, o Aston Martin DBS, e o
Ferrari 365 GTB/4 "Daytona". |
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