O mais veloz de seu tempo
Elegante
e muito potente, o Ferrari 365 GTB/4 |
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Com motor V12
de 4,4 litros, atinge potência de 352 cv a 7.500 rpm,
velocidade máxima próxima de 280 km/h e acelera de 0 a
100 km/h em 5,6 segundos, chegando a 240 km/h em 31,5
segundos. A descrição parece pertencer a um
superesportivo de recente lançamento, dotado de toda a
tecnologia desta virada de século. Engano. |
O protótipo (esq.) e a versão definitiva |
Como em todo Ferrari, números
fundamentados: 365 da capacidade individual de cada
cilindro, 365,86 cm3 (total de 4.390,35 cm3), GTB de Gran
Turismo Berlinetta, e 4 do número de comandos de válvulas,
dois para cada bancada de cilindros -- um avanço sobre
os 365 anteriores, os GTC, GTS e GT 2+2. Para substituir o modelo 250 GT Berlinetta, um cupê de alto desempenho e topo de linha da marca, a Ferrari lançou em 1964 o modelo 275 GTB, mantendo o já tradicional esquema mecânico de motor V12 dianteiro e tração traseira. Não havia dúvidas de que o 275 GTB era um dos mais velozes automóveis da época, mas seu motor de 3,3 litros já parecia um pouco pequeno frente aos lançamentos da indústria automobilística. Deve-se lembrar que os anos 60 foram a era de ouro dos automóveis: gasolina barata, Europa reconstruída e os americanos com muito dinheiro para gastar. |
Mantendo a configuração de motor dianteiro, exigida por Enzo Ferrari, o 365 GTB/4 logo assumiu posição de destaque na linha de Maranello: era o mais potente, rápido e caro Ferrari de sua época |
A Ford
usava motores de até sete litros, assim como as outras
marcas americanas em seus muscle-cars (saiba
mais sobre estes carros). A própria Lamborghini, também italiana,
maravilhava o mundo com o lançamento do Miura (leia
história). Era
necessário um novo modelo para manter o prestígio da
Ferrari nesse mercado tão competitivo. |
Traseira curta, cabine recuada e quatro lanternas redondas: estilo característico da marca do cavallino rampante |
O Ferrari 365 GTB/4
surgiu pela primeira vez como protótipo em meados de
1967. No Salão de Paris de 1968 a Ferrari apresentou ao
mundo a versão definitiva. Foi um grande sucesso. Em 1967, após dois anos de domínio dos Ford GT40 e Mk II, a Ferrari voltou a se impor uma retumbante vitória na tradicional prova 24 Horas de Daytona, nos Estados Unidos, ocupando os três primeiros lugares (dois Ferraris 330 P4 e um P3). Em homenagem a esse triunfo a imprensa passou a chamar o novo modelo de Daytona. O 365 GTB/4 era em tudo superlativo: o maior, mais pesado, mais caro, mais potente, mais veloz e mais rápido veículo de rua já produzido pela casa de Maranello. Não só isso: foi o carro de série mais veloz do planeta até meados da década de 80, quando o Lamborghini Countach 5000 QV tomou-lhe o posto. |
Os faróis do primeiro modelo, cobertos por uma lente plástica, deram lugar a unidades escamoteáveis quando o 365 voltou-se ao mercado norte-americano |
A carroceria foi projetada por Leonardo Fioravanti para o estúdio Pininfarina. Fioravanti foi o responsável por inúmeros outros modelos de sucesso da Ferrari, entre eles o Dino 246 GT (leia história) e o 512 BB, mas ele mesmo diz que o 365 GTB/4 é seu preferido. A construção da carroceria ficou a cargo da Scaglietti, tradicional parceira da Ferrari. Continua |
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