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Evolução da espécie

Astra, Marea e Mégane se enfrentam para mostrar
o avanço do segmento dos sedãs médios

Texto e fotos: Fabrício Samahá


A categoria dos médio-pequenos, a mais representativa na Europa, está crescendo como nunca no Brasil. A chegada do Marea e do Astra hatch, em 1998, veio trazer competitividade às marcas que já não tinham opção à altura da concorrência (o Tipo foi descontinuado em 1998, Tempra e Kadett estavam defasados), enquanto a sucessão do 19 pelo Mégane significou um belo avanço à Renault.

O lançamento do Astra Sedan quatro-portas, em fevereiro último, foi um golpe decisivo para a GM contra estes e outros sedãs -- entre os quais Honda Civic, Toyota Corolla e Peugeot 306 sedã, que ante os demais ficam devendo a motorização 2-litros. Futuramente haverá o VW Bora (Golf três-volumes) e, ao que tudo indica, a mesma variação do Ford Focus, que deverá aposentar aos poucos o veterano Escort.

Estilo do Astra é moderno e robusto, com linha de cintura alta; lanternas e faróis transparentes acrescentam beleza
Astra Sedan GLS 2.0 16V, Mégane Sedan RXE 2.0 e Marea SX 2.0 20V são concorrentes diretos em porte -- embora o GM seja mais curto em comprimento total, possui o maior entreeixos --, motorização e, dotados de conteúdo equivalente, também em preço (saiba mais). Cerca de 4.000 quilômetros de avaliação por condições diversas de uso permitiram compará-los item por item, numa briga acirrada a que você vai assistir agora.
Concepção e estilo - Conforto e conveniência
Mecânica, comportamento e segurança - Custo-benefício
Equipamentos de série e opcionais - Comentário técnico
Nossas notas - Detalhes e curiosidades
Ficha técnica - Desempenho e consumo

As linhas harmônicas do Mégane (dir.) ainda cativam, embora já tenha havido reestilização na Europa. No Marea há desacordo entre a frente agressiva e a traseira muito sóbria

Pouco mais recente em termos mundiais, o Astra (lançado em 1997 na Europa na versão hatch, dois anos depois das mesmas variações do Bravo/Marea e do Mégane) exibe modernidade de projeto, com as rodas mais próximas das extremidades e cabine de aparência mais ampla. O Marea é o menos feliz neste aspecto, pelos balanços (distância dos eixos à ponta dos pára-choques) excessivos e entreeixos curto para seu tamanho. Foi o preço a pagar pela conservação da plataforma do Tempra, enquanto os demais cresceram 4 cm (Mégane) e 11 cm (Astra) em relação aos antecessores.

Estilo é algo pessoal, mas é perceptível a ampla aprovação às linhas mais harmoniosas do Renault e às mais robustas do GM, este detentor da melhor aerodinâmica (Cx de 0,29 ante 0,32 dos outros). O Astra agrada em particular pelos faróis e lanternas com lentes transparentes, as dianteiras também em plástico -- nos outros são de vidro --, mas ficaria melhor com maçanetas e acabamento entreeixos na mesma cor da carroceria. Agressivo de frente, sóbrio de traseira, o Marea não faz unanimidade entre os brasileiros e por isso fica em desvantagem neste aspecto.

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