Por dentro o GTI era bem mais refinado que as outras versões. Tinha bancos revestidos em veludo com encosto de cabeça para quatro ocupantes, painel com conta-giros e luz indicadora do desgaste de pastilhas de freio, controle elétrico dos vidros e travas, ar-condicionado. Do lado de fora se viam a grade alinhada aos faróis, novas lanternas traseiras e, sobre a tampa do porta-malas, um pequeno e discreto defletor. Um de seus concorrentes era o BMW 520i, mas o carro francês era melhor em aceleração, consumo, conforto e porta-malas.

Sedã e perua foram vendidos no mercado americano, com alterações em faróis, pára-choques e outros itens para atender às normas locais

Outra versão esportiva, lançada no mesmo ano, era a 505 Turbo a gasolina. Distinguia-se das demais pelas rodas de alumínio, parte inferior da carroceria em preto e defletor traseiro. O motor de 2.155 cm³ com injeção fornecia 150 cv a 5.200 rpm e 24 m.kgf a 3.000 rpm, com o que ele fazia de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos e chegava a 200 km/h. Números muito bons para um sedã familiar, sobretudo tendo em vista o peso expressivo de 1.330 kg. Em 1984 a versão trazia 10 cv e 0,5 m.kgf a mais, por conta da instalação de um resfriador de ar. Era um carro muito apreciado, mas o consumo de gasolina não agradava.

Ainda em 1983, em julho, a Peugeot apresentava sua versão mais vigorosa, a Evolution, com 200 cv a 5.700 rpm. Se as alterações externas resumiam-se a um defletor dianteiro e rodas de 15 pol com pneus Michelin MXV em medida 205/60 R 15 V, na parte mecânica havia novos ajustes na suspensão, deixando o carro mais baixo em 25 milímetros, e maior pressão no turbo. Este 505 alcançava os 100 km/h em apenas 7,5 segundos e sua final era de 215 km/h. Seus concorrentes eram o BMW 528i, o modelo especial Alpina CI derivado desta marca, o Audi 200 Turbo, o Mercedes-Benz 280 E e o nórdico Saab 900 Turbo 16S.

Com base no 505 Turbo a Peugeot lançava o Evolution, com o motor revisto para 200 cv,
rodas de 15 pol e desempenho que impressionava: de 0 a 100 em 7,5 segundos

Enquanto isso, os interessados no motor a diesel recebiam a opção do GTD Turbo D, em que o motor de 2.498 cm³ passava a ter 95 cv a 4.150 rpm. Podia ser equipado com a caixa manual de cinco marchas ou automática e ganhava o defletor no porta-malas, quatro freios a disco e pneus 185/65 R 15 H. Velocidade final de 178 km/h e 0-100 km/h em 13 segundos eram ótimos números para um motor a diesel. A Peugeot mostrava, mais uma vez, a vantagem de ter sido um dos primeiros fabricantes a investir com força nesse tipo de propulsor para automóveis. Continua

Nas telas
O 505 fez parte de filmes importantes do cinema. No James Bond não oficial, mas muito bom Nunca Mais Outra Vez (Never Say Never Again), de 1983, é o carro de Nicole e transporta Sean Connery e seu colega do FBI nas ruas de Nice, no sul da França. O filme conta ainda com atores muito bons como Klaus Maria Brandauer (no papel de Largo), Max von Sydow (Blofeld), as belas Barbara Carrera (Fatima) e Kim Basinger (Domino) e ainda o impagável Rowan Atkinson, o Mr. Bean (Small-Fawcett).

Nesta vez Bond é convocado para reaver bombas nucleares roubadas pela terrível organização criminosa Spectre. E tem de enfrentar a sensual assassina profissional Fatima, contratada especialmente para eliminá-lo. A perua 505 também aparece quando Domino atravessa uma rua da bela cidade francesa banhada pelo Mar Mediterrâneo. Sean Connery já estava mais maduro, porém adequado ao papel.

Outro bom filme, que mistura comédia e policial, é Vida Bandida (Bandits), de 2001. O elenco conta com Bruce Willis, Billy Bob Thornton e Cate Blanchett. Os dois atores são amigos e saem da prisão, mas tornam a fazer roubos em bancos de várias cidades dos Estados Unidos. No filme aparecem muitos carros interessantes, como Pontiac GTO 1965 e Mercedes-Benz 300 SE 1969. Para completar, um 505 verde 1983 (acima) é dirigido por Terry (Bob Thornton).

Muito bom para quem gosta de cinema e de carros é Um Homem e Uma Mulher (Un Homme et une Femme), francês de 1966. Dirigido por Claude Lelouch, passa-se entre Deauville e Paris. Os protagonistas são Jean-Louis (vivido por Jean-Louis Trintignant) e Anne (a bela Anouk Aimée). Ganhou nada menos que 42 prêmios internacionais, entre eles a Palma de Ouro de 1966 e os Oscars de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Cenário. Em 1986 chegava às telas Um Homem e uma Mulher Vinte Anos Depois (Un Homme et une Femme, 20 Ans Déjà).

Com os mesmos diretor e atores principais, os cenários são variados: a França e alguns países africanos que fazem parte do trajeto do Rali Paris- Dacar. Até o organizador Thierry Sabine, já falecido, faz uma ponta no filme. Logo no início, vários carros fazem parte de “racha” para ninguém botar defeito.

Estava na disputa a nata dos sedãs esportivos da Europa: Saab 900, Mercedes-Benz 190 E, BMW série 5, Audi 100, Alfa Romeo 75, Lancia Thema, Renault 25 e Peugeot 505. Esta cena dura cerca de dois minutos e é de cortar o fôlego. Os pilotos são muito bons e mostram talento quando dirigem. O salto que o 505 preto ano 1983 (acima) dá numa rampa é simplesmente espetacular. Ver os filmes na seqüência da idade é melhor.

Um filme tenso e interessante é o suspense O Fio da Suspeita (Jagged Edge), de 1985, que conta com estrelas como Glenn Close (como Teddy Barnes) e Jeff Bridges (como Jack Forrester). Teddy é advogada e defende Jack, suspeito do assassinato de sua esposa milionária. Ela acaba se apaixonando por ele e acredita em sua inocência, mesmo com todas as evidências contra o viúvo. Ela é proprietária de uma perua 505 de 1985 (acima), bege, carro que aparece muito no filme. Recebeu indicação ao Oscar com ótima trilha sonora de John Barry.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade