Em 1986 o 505 herdava o motor PRV (fabricado em uma associação entre Peugeot, Renault e Volvo, a origem da sigla) do modelo 604, já em fim de carreira. Com seis cilindros em “V” a 90 graus, era construído também em Douvrin. A maioria dos V6 tem ângulo de 60° entre as bancadas, mas este motor foi desenhado para ter oito cilindros — optou-se por seis já no meio do projeto, por questão de economia de combustível. Com 2.849 cm³, comando nos cabeçotes e injeção eletrônica Bosch LH2-2, entregava 170 cv a 5.600 rpm e 24 m.kgf a 4.250 rpm. Também estava disponível com caixa manual de cinco marchas ou automática. A velocidade final era de 210 km/h. Esta versão e a Turbo a gasolina já contavam com sistema antitravamento de freios (ABS).

O motor PRV de seis cilindros e 170 cv chegou ao 505 já em idade avançada, em 1986: cinco anos depois o carro saía de produção

O Peugeot 505 chegava à maioridade com versões potentes e velozes. E a empresa comemorava o sucesso nos Estados Unidos, onde 60% das vendas eram da perua. Em junho de 1987 chegava o 405, pouco menor que o 505 e muito mais moderno. Os fachos de luzes do grupo PSA (Peugeot-Citroën) estavam focados nele. Para não atrapalhar o novo sucesso de vendas, a linha do sedã 505, então o maior automóvel da casa francesa, era simplificada. Como desde 1983 as leis antipoluição nos EUA dificultavam a venda de carros a diesel no país, a Peugeot jogou todas as apostas nas versões de 2,0 litros e V6. Foi em vão, mas 84.000 unidades do 505 foram vendidas lá em todas as versões.

Em setembro de 1989 o novo sedã 605 começava a ser fabricado na França. Muito semelhante em estilo ao 405, era o substituto natural do 505. Com a simplificação da oferta, em 1991 apenas quatro versões do veterano modelo eram fabricadas: duas a gasolina (com 1.796 e 1.971 cm³), e duas a diesel, com novo painel e ótimo acabamento. Um ano depois a produção na França era encerrada, após 1.320.000 exemplares produzidos, mas continuava na Argentina, na unidade de Palomar, onde se iniciou em 1982. Ficava sob a responsabilidade do grupo Sevel, que também produzia os Fiats Spazio (nosso 147), Duna (nosso Prêmio) e Regata.

O painel dos últimos modelos havia sido atualizado, mas a Peugeot destinou atenções aos novos 405 e 605, deixando o 505 algo esquecido

O 505 é até hoje apreciado pelos franceses pelas linhas simples e belas, bom comportamento dinâmico e a durabilidade de seus motores, em especial os movidos a diesel. Produzido durante 13 anos, foi o último automóvel francês de série com tração traseira. Também foi exportado para a Austrália e fez sucesso por lá. Um sucesso reconhecido até pelos alemães, que o chamavam de "Mercedes francês".

Ficha técnica
_ GTD Turbo (1983) Turbo (1983) V6 (1986)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal,
4 em linha
longitudinal,
6 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2 no cabeçote, 2 nos cabeçotes, 2
Diâmetro e curso 94 x 90 mm 91,7 x 81,6 mm 91 x 73 mm
Cilindrada 2.498 cm3 2.155 cm3 2.849 cm3
Taxa de compressão 21:1 8:1 10:1
Potência máxima 95 cv a
4.150 rpm
150 cv a
5.200 rpm
170 cv a
5.600 rpm
Torque máximo 21 m.kgf a
2.000 rpm
24 m.kgf a
3.000 rpm
24 m.kgf a
4.250 rpm
Alimentação bomba injetora, turbocompressor injeção multiponto, turbocompressor injeção multiponto
CÂMBIO
Marchas e tração 5, traseira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco ventilado / a disco
Antitravamento (ABS) não sim
SUSPENSÃO
Dianteira independente, McPherson
Traseira independente, braço arrastado
RODAS
Pneus 185/65 R 15
DIMENSÕES
Comprimento e entreeixos 4,58 m / 2,74 m
Peso 1.340 kg 1.330 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 178 km/h 200 km/h 210 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 13 s 8,8 s 9,5 s

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