

O roadster sem capota deixava de
existir, restando o conversível e o cupê; o câmbio vinha todo
sincronizado e com caixa overdrive em 1959

O XK 150 deu lugar em 1961 ao
E-type, mas o motor teve vida mais longa: foi usado em vários sedãs e
cupês e chegou aos anos 80 no XJ |
Em
1955 a concorrência ao XK 140 era feita pelos americanos Allard e
Ford Thunderbird, os italianos
Lancia Aurelia e
Ferrari 250 GT Berlinetta, os
alemães BMW 507 e
Mercedes-Benz 300 SL, os
conterrâneos Morgan Plus,
Aston Martin DB2 e
Bristol 404 e os franceses Facel-Vega HK
500, Salmson 2300 S e
Talbot T14 LS. O Mercedes era também um de
seus maiores rivais nas pistas européias. Um ano depois chegava a opção
de caixa automática Borg-Warner com três marchas, que agradou em cheio
aos americanos, já apaixonados pelo esportivo.
Depois de 8.900 unidades do XK 140, a terceira e última evolução
estreava em 1957. No XK 150 as diferenças externas estavam na grade mais
larga, no pára-brisa com uma só peça e nas luzes de direção, que eram
quatro, duas em cada pára-lama — na parte mais baixa deste e também no
vinco superior, ao lado do grande farol circular. Estava mais bonito e
elegante. Boas opções eram os freios a disco dianteiros e os faróis
auxiliares de longo alcance. Só estava disponível com carroceria
conversível com capota de lona ou cupê, agora com espaço interno bem
resolvido e ótimo acabamento, como era tradição.
A nova capota era bonita e a visibilidade deixava de ser problema. Os
retrovisores cromados podiam ser apoiados nos pára-lamas ou fixados nas
portas. Quanto ao motor, uma boa novidade era a versão Special Equipment,
com cabeçotes trabalhados e maior taxa de compressão, que passava a
dispor de 210 cv a 5.500 rpm. Em 1959 passava a ter os quatro freios a
disco da marca Dunlop, a caixa de marchas estava toda sincronizada e
tinha overdrive de série. Podia ser
equipado com os famosos pneus Michelin Pilote na mesma medida.
E mais uma opção de motor era oferecida, com 3.781 cm³ (87 x 106 mm) e
220 cv a 5.500 rpm, para chegar a 210 km/h. Quanto ao de 3,4 litros,
ganhava mais uma opção, a “S”, com carburadores SU HD8 e 253 cv,
suficientes para 220 km/h. No mesmo ano aparecia a 3,8 S, com 265 cv, 36
m.kgf e final de 225 km/h. O motor do XK alcançava potências maiores
mantendo robustez, confiabilidade e silêncio de operação. O 150 foi
fabricado até 1961 em total de 9.300 carros.
O mesmo grupo de motores equipou os galantes sedãs
Mark VII, VIII e IX. O
Mark II lançado em 1959 também o utilizou e
teve sua grade inspirada na do XK. O motor continuou sua carreira no
esportivo E-type, que substituiu
o XK, e foi usado no sedã XJ até
1986. A série XK é vista hoje como uma referência entre os antigos e é
muito valorizada. O primeiro, um dos mais bonitos e famosos felinos da
marca de Coventry.
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