
Conversível, sedã e perua também
eram oferecidos no novo modelo; essa versão aberta foi carro-madrinha da
500 Milhas de Indianápolis |
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Embora sem o mesmo prestígio,
o Fairlane 1968 vinha remodelado e com maiores dimensões; o atraente
fastback também estava disponível


O motor V8 Windsor de 351
pol3 era novidade para 1969; acima, o sedã Torino com teto hardop, sem
coluna central, e o Fairlane quatro-portas |
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A
conclusão da revista: "Em boas estradas, o Ford venceria por sua
estabilidade direcional. Em más estradas, o Plymouth venceria por seu
rodar mais confortável. Na cidade, há empate. Os dois têm a vantagem de
custar menos que seus irmãos grandes, enquanto são tão práticos e quase
tão espaçosos quanto eles". Já a Popular Mechanics, em
pesquisa com donos do modelo 1966, apontou que estabilidade, economia e
estilo eram, na ordem, os pontos mais elogiados, enquanto qualidade de
fabricação e ruídos internos recebiam as críticas mais frequentes. Dos
proprietários, 85,2% voltariam a comprar um Fairlane.
Na linha 1967 a gama recebia apenas alterações em detalhes, mas perdia a
opção mais potente, ficando o V8 390 com as alternativas de 270 e 320
cv. E passava por um novo comparativo na Popular Science
diante do Chevelle e do Belvedere, todos com motores V8 na faixa de 200
cv. O Fairlane obteve desempenho similar ao do Chevy, perdendo para o
modelo da Plymouth, mas foi o que consumiu mais combustível. Outro ponto
criticado foi a suspensão menos confortável.
Na revista Road Test o GTA era confrontado a
Buick Gran Sport 400, Chevelle SS
396, Dodge R/T, Comet Cyclone GT, Oldsmobile 4-4-2,
Plymouth GTX, Pontiac GTO e
Rambler Rebel. O Fairlane só superou o
Rebel no quarto de milha, mas foi o segundo melhor em frenagem e, dessa
vez, mostrou boa estabilidade: "O GTA é um carro sólido, parece muito
bem equilibrado. Todos os motoristas sentiram-se confortáveis neste
carro, que foi votado o segundo mais estável. Ele surpreendeu a todos
nos testes de frenagem, respondeu bem. Os freios não travaram nem
fizeram fumaça".
O Ford foi, de fato, uma revelação. "O melhoramento-surpresa entre eles
foi o GTA. Este carro está tão à frente de todos os Fords anteriores que
mereceu comentários especiais. Parece que seu programa de corridas está
começando a trazer melhorias ao que eles vendem, e se esta tendência
continuar, o consumidor será beneficiado", opinou a revista. Ao fim, o
Dodge venceu, mas com Ford e Mercury empatados em seguida.
Charme
italiano
Um novo
modelo ganhava os holofotes entre os carros de tamanho intermediário da
Ford na linha 1968: o Torino, nome da capital da região italiana do
Piemonte (em português,
Turim). Com 5,10 metros de comprimento e 2,94 m entre eixos (2,87 m na
perua), mostrava linhas imponentes e trazia cinco opções de carroceria: fastback e hardtop de duas portas, hardtop de quatro portas, conversível
e perua Squire. Esta podia receber um banco adicional voltado para trás,
que a deixava com oito lugares, e a tampa traseira permitia abertura
para cima ou para baixo. O peso dos Torinos variava de 1.310 a 1.585 kg.
A novidade podia receber o novo motor V8 de 302 pol³ (4,95 litros) e 210
cv, obtido a partir do 289, e o conhecido 390 com 265 ou 315 cv, além
dos seis-cilindros em linha 200, com 115 cv, e 240 (3,9 litros) com 150
cv. Na versão esportiva GT, que trazia o motor 302 como básico, vinham
faixas decorativas, rodas de aço mais largas, pneus do tipo wide oval e
a opção de câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho. Já no
primeiro ano o Torino era o carro-madrinha (pace car) da 500 Milhas de
Indianápolis, corrida mais tradicional dos EUA. A divisão Mercury também
o oferecia sob o nome Cyclone.
Distante da aura de prestígio de outros tempos, o Fairlane 1968
consistia em uma linha mais barata ao lado do Torino. Disponível nas
séries básica e 500 e com várias alternativas de carroceria, ele crescia
cerca de 10 cm em comprimento, mantendo o entre-eixos anterior, e
voltava a ter os quatro faróis em linha horizontal dentro da grade.
Atraente era a opção fastback. Outras novidades atendiam a normas de
emissões poluentes e de segurança em colisões, como coluna de direção
absorvedora de energia e maçanetas internas não protuberantes.
O ano de 1969 trazia um novo motor, o V8 de 351 pol³ ou 5,8 litros,
desenvolvido com base no 302 com maior curso de pistões e oferecido com
250 e 290 cv. Conhecido como Windsor, cidade canadense onde era
fabricado, esse motor não deve ser confundido com o da série Cleveland
(também chamado pela cidade da fábrica, no estado de Ohio, EUA).
Estreava ainda o seis-cilindros de 250 pol³ (4,1 litros) e 155 cv como
opção básica, tanto para Fairlane quanto para Torino. Este, no pacote
GT, mantinha o V8 302.

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