Também em 1960, por pressões políticas, a Bristol Aircraft se fundia a outras empresas de aeronáutica e era criada a British Aircraft Corporation. Um piloto muito conhecido dos ingleses, Anthony Crook, que era diretor da Crook Motors of Hersham, adquiria a Bristol Cars, onde dividia as tarefas com Sir Georges White. A empresa tomava novos rumos. Crook entendia que os esportivos precisavam de um novo motor. Para evitar grandes investimentos, negociou — assim como a Facel francesa e, anos depois, a Jensen inglesa — com a Chrysler do Canadá para lhe fornecer motores. Este país fazia parte da comunidade britânica, a Commonwealth, o que resultava em menores impostos na aquisição e no transporte de motores até a Inglaterra. |
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O Bristol 407 fez a estréia do
motor V8 de 5,1 litros da Chrysler canadense, além de renovar o estilo da marca; o 408 (acima) vinha com alterações técnicas e visuais |
Em
1961 chegava o modelo 407. Desta vez trazia grandes novidades, a
começar pelo motor de oito cilindros em "V" a 90° de origem
canadense. Era um Chrysler de 5.130 cm³ (313 pol³) com
potência de 250 cv e torque máximo de 47 m.kgf (neste caso
valores brutos, como se usava na
América do Norte na época). Alimentado por um carburador de corpo
quádruplo da marca Carter, era fornecido apenas com a caixa
automática de três marchas TorqueFlite, também de origem Chrysler.
Com ele o carro atingia velocidade máxima de 195 km/h e acelerava de
0 a 100 em nove segundos. |
O 409 manteve as linhas do anterior, mas acrescentava conforto -- bancos reclináveis, direção assistida -- e usava o mesmo motor de 5,2 litros dos Dodges brasileiros |
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Em 1963, no Salão de Londres, era apresentado o Bristol 408. Ganhava
grade retangular, com faróis circulares inseridos nela, e novos
pára-lamas que deixavam o desenho mais harmonioso e moderno. Havia
também alterações na suspensão e no sistema de refrigeração. O carro
custava a metade de um Rolls-Royce Silver Cloud,
40% menos que um Aston Martin DB5
e 35% a mais que um Jaguar Mark 2. A
disputa entre essas marcas britânicas de prestígio era boa. A série
continuou até 1969 sem grandes alterações estéticas nos modelos 409 e
410, mas passou a ser
equipada com direção assistida, bancos individuais reclináveis, motor de
5.212 cm³ (318 pol³, o mesmo usado nos
Dodges V8 brasileiros),
alternador no lugar do dínamo e
alavanca da caixa automática no console central. |
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