O grã-turismo de 007

A série DB da Aston Martin justifica, pelo requinte e desempenho,
a fama adquirida por um dos modelos nos filmes de James Bond

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A Aston Martin foi fundada em 1914 por Lionel Martin e Robert Bamford, nos arredores de Londres, na Inglaterra. Lionel era um apaixonado por automóveis esportivos e montou, sobre um chassi Isotta-Fraschini, um motor Conventry-Climax de 1,5 litro e participou da corrida de Aston Clinton, na cidade de Aston. A empresa então passou a se chamar Aston Martin. Em 1947 associava-se a outra fábrica de automóveis, a Lagonda, de propriedade de Sir David Brown, um industrial de renome na Grã-Bretanha. Brown passava a dirigir a nova empresa, cujo nome oficial tornava-se Aston Martin Lagonda Ltd.

Um ano depois lançava o Aston Martin DB1 DropHead Coupé. Tratava-se de um belo automóvel com linhas curvas, um autêntico esportivo. Seu motor dianteiro de quatro cilindros em linha e 1.970 cm³, com válvulas laterais e alimentado por dois carburadores SU, desenvolvia potência de 90 cv a 4.750 rpm. A velocidade máxima era de 155 km/h, bem adequada para a época.

O primeiro da linhagem foi o DB1, lançado em 1948: linhas curvas e suaves, motor de 2,0 litros e 90 cv

No começo da década de 1950 um de seus concorrentes era a Jaguar, com o belo e rápido XK 120. E logo vinha a resposta da Aston: um novo modelo da série DB — as iniciais do Sir —, que logo ganharia reconhecimento na Inglaterra e em toda a Europa. O DB2, lançado em 1950, era um cupê 2+2 muito interessante. Compacto, media 4,11 metros e sua carroceria era em alumínio.

As linhas eram muito arredondadas, com frente longa, cabine curta e a grade dianteira de formato curioso — parecia um chapéu clássico visto de lado. Era bonito. Por dentro, muito luxo e conforto para dois. O painel de madeira de alta qualidade tinha quatro grandes mostradores circulares. Da esquerda para a direita tinha o conta-giros (com ponteiro anti-horário e graduação até 6.000 rpm), velocímetro com relógio, um mostrador com seis luzes-piloto e quatro pequenos indicadores, de combustível, temperatura do motor, amperímetro e pressão de óleo. O escudo com asas sobre o capô era um distintivo da série DB. Único.

Dois anos depois, o DB2 elevava os padrões da Aston Martin com a bela carroceria de alumínio e o motor de seis cilindros e 2,9 litros

A versão conversível era impecável. Muito elegante, trazia capota de lona nas cores preta e marrom claro. O acabamento interno mantinha o mesmo critério do cupê. Em ambos o motor de seis cilindros em linha, com duplo comando de válvulas e 2.922 cm³, tinha dois carburadores da marca SU e desenvolvia 140 cv a 5.000 rpm. Fazia de 0 a 100 km/h em 10,5 segundos e sua velocidade final era de 170 km/h, nada mal para um carro de 1.250 kg. A caixa manual de quatro marchas era fabricada pela própria empresa, com a denominação de David Brown. Continua

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Data de publicação: 5/2/05

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