O mais perfeito GT   No Salão de Londres de 1958 era lançado o sucessor DB4, também nas versões cupê e conversível, anunciado como o mais perfeito grã-turismo inglês. Era um projeto de Harold Beach. Desbancava a restrita concorrência, composta por Jaguar XK 140, Mercedes-Benz 300 SL, Ferrari 250 GT, Ford Thunderbird e Chevrolet Corvette. A carroceria projetada pela Carrozzeria Touring, de Milão, dentro do conceito Superleggera (superleve) consistia em painéis de alumínio aplicados a um chassi tubular de perfis estreitos. E já era montada na unidade fabril de Newport Pagnell, artesanalmente; por isso a produção era pequena. Mas o acabamento era superior, impecável, feito com muito critério e paixão.

Com projeto da Touring, de Milão, o DB4 conseguia um estilo dos mais elegantes; o motor já chegava a 3,7 litros e 240 cv

Era um carro elegante e ao mesmo tempo de linhas intimidantes. O cupê 2+2 media 4,47 metros de comprimento. Um casamento anglo-italiano perfeito. Tinha detalhes de carroceria interessantes, como o bocal do tanque escondido numa tampa da coluna traseira, acima do porta-malas. Nos pára-lamas havia uma pequena entrada de ar oblonga, com um friso metálico cromado cortando-a, marca de destaque e identificação existente nos Astons até hoje. O acabamento interno era primoroso, com estofamento dos bancos reclináveis em couro Connolly e piso totalmente acarpetado. As linhas do painel eram semelhantes às da grade dianteira.

O potente seis-cilindros em linha, projetado por Tadek Marek, tinha 3.670  cm³, dois carburadores SU e duplo comando no cabeçote. Com bloco também de alumínio, entregava 240 cv a 5.700 rpm. O carro chegava a ótimos 225 km/h. A suspensão dianteira era independente e a traseira com eixo rígido; ambas com molas helicoidais. As belas rodas raiadas, marca registrada de esportivos ingleses, usavam pneus 6,00-16.
Continua

Enquanto corrigia seus problemas com as novas séries (na foto a 4), o DB4 ganhava potência: chegaria a 302 cv na versão GT de 1960
Em escala

A Corgi Toys, famoso fabricante inglês de miniaturas dos anos 60 e 70, fez um belo modelo (acima) na escala 1:43, com todos os detalhes, do DB5 do filme Goldfinger. Podia ser dourado ou prateado. Hoje é cobiçadíssimo por modelistas. A mesma empresa fez, na linha Corgi Junior, o modelo DB6 na escala 1:58. Sem muitos detalhes, mas correto.

A empresa U Tura fez um belo DB5 na cor vinho. Na escala 1:18, tem vidros verdes e, além do motor muito detalhado, a carroceria não fica atrás. Outro nessa escala é o da SunStar (acima), em prata com interior preto.

A Del Prado, no Brasil, lançou em sua coleção o DB5 na cor prata, escala 1:43. Bem feita e caprichada, foi vendida em bancas.

A famosa AutoArt mantém em seu catálogo o DB5 nas cores prata, verde (acima) e bordô. Na escala 1:18, como é tradição da empresa, tem qualidade acima da média, a ponto de ter modelos com volante do lado direito e do lado esquerdo disponíveis. Os preços são seletivos, mas compensam em satisfação.

 
Para ler

The Aston Martin and Lagonda – por A. Whyte. Em 144 páginas e 140 fotos, o livro (foto) conta os anos de glória dos motores seis-cilindros que deixaram célebre a série DB.

Aston Martin - Collection Auto Histoire – por J. L. Bertin. A obra, com 72 páginas e 80 fotos, é dedicada à série DB e traz testes, fichas técnicas, histórias do projeto e fotos de época. Boa referência.

Aston Martin Coupés et Cabriolet – por J.L. Bertin e A P. Millereau. Narra a saga de todos os esportivos da marca. Com 192 páginas e 320 fotos, é uma obra muito detalhada e rica.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade