Lenda britânica Desenvolvido
para usar o novo 3,45-litros da marca, o |
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Durante a
Segunda Guerra Mundial, a Jaguar estava impossibilitada
de produzir automóveis, para colaborar com o esforço de
guerra britânico. Ao fim do conflito a fábrica retomou
suas atividades normais, contudo apenas com modelos
desenvolvidos no pré-guerra, sem novidades. |
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A Jaguar desenvolveu o Super Sports para utilizar o moderno motor XK, o primeiro de série no mundo com duplo comando de válvulas. Ele logo daria origem ao XK 120 (no alto um modelo de 1953) |
Esse motor possuía seis
cilindros em linha, 3.442 cm3 e carburadores duplos SU.
Tinha seu segredo no virabrequim de aço apoiado sobre
sete mancais. Além disso, foi o primeiro motor em série
a possuir câmaras de combustão hemisféricas e duplo
comando de válvulas no cabeçote -- de alumínio, por
sinal. Entre as virtudes do motor estavam a
confiabilidade e a resistência. Entre as desvantagens, o
XK se mostrava bastante complexo em manutenção -- algo
talvez peculiar aos carros europeus, mais notadamente os
britânicos. Com tudo isso gerava 160 cv de potência a 5.100 rpm. Havia sido inicialmente concebido para equipar um sedã de grande porte, o Mark VII, que contudo não estava pronto e só sairia das linhas de montagem em 1950. A Jaguar tinha então um chassi excelente e um motor espetacular -- mas nenhum carro para utilizá-lo, muito menos um carro esporte. |
Com cabeçote de alumínio, câmaras hemisféricas e dois carburadores SU, o motor XK de 3,45 litros chegava a 160 cv e levava o esportivo a 192 km/h -- ou 120 mph, origem de sua denominação | ![]() |
A solução
veio rápido e partiu do chefão da Jaguar, Willian Lyons.
Lyons queria construir um carro esporte de linhas
inovadoras para ser o grande chamariz da empresa até que
viesse o Mark VII. Seu projeto inicial era de que fosse
um carro de pequena produção, praticamente artesanal,
para enfeitar salões de automóveis ao redor do mundo e
a garagem de poucos afortunados. |
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A carroceria de alumínio do projeto original deu lugar à de aço, para simplificar a fabricação. Mas o estilo sinuoso e elegante do Super Sports foi mantido no belo XK 120, um grande sucesso da marca britânica |
O câmbio de quatro marchas tinha sincronização nas três últimas e os freios eram a tambor de 300 mm de diâmetro, com acionamento hidráulico. Outra inovação do carro era a utilização do alumínio em larga escala na carroceria. Além disso, seu desenho ousado e de linhas fluidas chamava bastante a atenção. O capô enorme conferia-lhe imponência e classe. O grande volante trazia no centro um adorno em forma de ogiva -- bonito, mas bastante contundente em caso de colisão frontal, principalmente numa época em que nem se sonhava com cinto de segurança. Continua |
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