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Carros do Passado

O carro foi um sucesso absoluto e recebeu um número de pedidos tão grande que Lyons se viu obrigado a produzi-lo em série. Era agora chamado XK 120, onde o número representava a velocidade máxima (em milhas por hora) atingida pelo carro, equivalente a 192 km/h. Para atender à enorme demanda, algumas modificações tiveram de ser feitas para adaptar o XK 120 às linhas de produção. A principal modificação foi a substituição do alumínio pelo aço, para facilitar a fabricação.

O roadster ganhou projeção por seu estilo elegante, mas o XK 120 também foi oferecido com capota rígida, como este, e removível
As dificuldades em adaptar o maquinário para sua produção em série fizeram com que o XK 120 só saísse regularmente das linhas em 1950. Antes disso, unidades produzidas artesanalmente saíam da fábrica da Jaguar, e devido à baixa produção, apenas 239 carros, não bastava dinheiro para ter um na garagem. Era preciso ter nome, como Clark Gable, o célebre galã de Hollywood.

Com a produção em série, o carro ganhou as ruas em grandes quantidades, sempre fazendo sucesso. Além das inovações mecânicas, oferecia luxo digno da tradição inglesa. Acabamento de nogueira no painel, revestimentos de couro, interior acarpetado, instrumentos refinados, da marca Smiths. O XK 120 era ofertado com versões de teto rígido, capota removível e roadster (aberto).
Interior sofisticado, painel completo: o esportivo da Jaguar não perdia em conforto. Havia versões com volante à direita e à esquerda, para exportação -- ambos com uma ogiva no centro, uma temeridade quando nem se pensava em cintos de segurança

Possuía também uma opção batizada de SE, que oferecia rodas raiadas com fixação central, motor mais potente e suspensão mais firme. A produção do 120 durou até 1954, tendo alcançado um total de 12.061 veículos produzidos -- sendo 7.614 roadsters, incluindo os 240 primeiros feitos em alumínio, 2.680 de teto rígido e 1.767 de capota removível.

Mais potência   Já em 1954 a Jaguar apresentava o sucessor do XK 120 no Salão de Londres. Batizado de XK 140, era nada mais que uma versão melhorada do 120. Equipamentos antes oferecidos como opcionais na versão XK 120 SE eram agora de série no XK 140, como o motor mais potente, que gerava cerca de 190 cv. O sistema de direção também havia sido substituído por um mais moderno e preciso, de pinhão e cremalheira, em oposição ao sistema de setor e sem-fim com esferas recirculantes do modelo anterior.

Com motor mais potente (190 cv), direção e suspensão aprimoradas, o XK 140 dava prosseguimento à tradição esportiva da Jaguar

O motor fora deslocado 7,5 cm para a frente e o espaço então gerado era usado para alojar dois pequenos bancos traseiros, o que configurava o XK 140 como um 2+2. Os bancos no entanto eram muito pequenos, servindo apenas para crianças, mesmo assim com pouco conforto. Os roadsters não dispunham dos assentos extras, que eram restritos aos modelos cupês de capota fixa ou removível.

O interior não apresentava maiores mudanças em relação ao XK 120, a não ser a adoção de bancos maiores, similares aos do Mark VII. As modificações externas também eram poucas, com o 140 utilizando um pouco mais de cromados para adornar a carroceria. A grade dianteira continha menos frisos, porém mais grossos.

Itens do XK 120 SE, como rodas raiadas de fixação central, foram adotados nos modelos
posteriores 140 e 150 -- mas estes não fizeram o mesmo sucesso do 120

Embora utilizasse o mesmo motor do 120, o do 140 havia sido retrabalhado para gerar 190 cv a 5.500 rpm de potência. Uma versão melhorada, batizada de SE, oferecia 210 cv a 5.750 rpm. Utilizava os mesmos câmbio e sistema de freios de seu antecessor, mas a suspensão havia sido aprimorada. Foram produzidas cerca de 8.900 unidades, a maioria exportada, com volante à esquerda. Continua

Nas telas
por Francis Castaings
No primeiro filme da série Porky's, um estudante novato na turma -- que não é bem-vindo mas aos poucos torna-se grande amigo dos demais -- tem um belo Jaguar XK 120 vermelho. Em uma das cenas, dá para escutar o belo ronco do motor de seis cilindros. Em A Ilha dos Trópicos (Island in the Sun), filme de 1957 com James Mason, Joan Fontaine e Harry Belafonte, aparece em várias cenas um Jaguar XK branco.

No filme de Batman, com Val Kilmer, o homem-morcego tem um XK escuro, que aparece em uma cena externa e depois numa garagem, onde há vários carros antigos -- inclusive um Jaguar D-type -- e onde ele mostra motocicletas ao futuro Robim.

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