Os freios nesta versão eram a disco na dianteira e a tambor na traseira e os pneus, que davam conta do recado, vinham na medida 135-13. O estepe ficava junto do motor, boa solução para fácil acesso mesmo com o compartimento de bagagem carregado, além de liberar mais espaço para carga. Sua velocidade máxima era de 135 km/h e na estrada, numa velocidade constante de 90 km/h, fazia 15 km/l — o tanque de 41 litros rendia assim ótima autonomia. Pesava cerca de 730 kg, um peso-pluma.

A publicidade bem-humorada marcou o R5: nesta, os passageiros parecem se dirigir a um grande avião para mais uma das "viagens extraordinárias"...

A suspensão de ambos tinha quatro rodas independentes, com barras de torção transversais. E herdavam do R4 as distâncias entre eixos diferentes em um lado e outro — esquerda, 243,5 cm e direita, 240,5 cm. A causa era a suspensão traseira por braço arrastado, cada um atrelado a uma barra de torção transversal. As barras não podiam ficar no mesmo plano, nem seria benéfico ter braços de comprimentos diferentes, o que levou à solução de um entreeixos 3 cm maior que o outro (no R4 eram 5 cm). O R5 era estável, mas inclinava muito nas curvas.

Numa época pop e muito hippie, os estofamentos alaranjados não assustavam os que participavam desses movimentos.... E os conservadores achavam jovial. Era um carro ideal para dois adultos e duas crianças. Com certo desconforto, cabiam quatro adultos. O painel, todo em plástico, era simples; o volante tinha dois raios e diâmetro correto. Os instrumentos se resumiam a velocímetro, temperatura do líquido de arrefecimento e nível do tanque de combustível. Um carro urbano que podia enfrentar auto-estradas sem dar vexame e nem atrapalhar. Acessório muito interessante e apreciado pelos franceses era o enorme teto solar, de lona, que ocupava três quartos da área total.

O amplo teto solar, que tomava três quartos da área total, era um dos itens apreciados pelos franceses, ao lado do revestimento interno em tons vivos

Novas opções   No começo da produção do R5 a concorrência era enorme: existiam no mínimo 10 oponentes fortes, com tecnologias diferentes — alguns modernos, outros já com a idade avançada. Todos na mesma faixa de preço, cilindrada e potência, embora com tamanhos diversos. Eram os alemães Ford Escort, Opel Kadett e VW 1200; os italianos Autobianchi A112, Fiat 500 e o novíssimo 127; os franceses Simca 1000 e Citroën 2CV; o polonês Polski Fiat 1300; o inglês Mini 1000 Super e o holandês DAF 44. O menor era o Fiat 500, com 2,97 metros, e o maior o Polski Fiat, com 4,23. Em 1972 também chegava o Peugeot 104, o menor quatro-portas europeu, para fazer frente ao R5 com tecnologia semelhante. E da Itália o novo Fiat 126, que substituía o 500. Continua

Nas telas
O Renault 5 deu um show de malabarismo nas mãos do autor belga Jean Claude Van Damme em Risco máximo (Maximum risk), de 1996. Ele fazia o papel de Alain Moreau e, ao mesmo tempo, do irmão gêmeo Mikhail. Neste policial, que se passa em Nova York e no sul da França, em Marselha, há ótimas cenas com o R5 na cidade litorânea francesa. É um filme sem exageros e o ator está acompanhado da bela Natasha Henstridge, que faz o papel de Alex.

No último filme de Sean Connery no papel de James Bond, Nunca mais outra vez (Never say never again) de 1983, é a vez do R5 Turbo barbarizar nas ruas. O modelo vermelho/laranja conduzido por Fatima Blush é perseguido por 007 numa moto preta. Boas cenas de ação e perseguição em ruas estreitas também em Marselha, no sul da França. Ele, sempre com belas mulheres, está ao lado de Barbara Carrera (Fatima Blush) e da deslumbrante Kim Basinger (Domino Petachi).
Para ler
Foram lançados na França recentemente três livros sobre o Renault 5:

Renault 5 Icones - por Y. Le Lay e B. Vermeylen. Com 160 páginas, capa dura e 300 fotos em cores e preto e branco, descreve as propagandas, projetos secretos, competição e toda a primeira geração do R5. Muito completo, de fácil e agradável leitura.

Renault 5 Turbo L'École du groupe B - por D. Pascal. São 128 páginas com 200 fotos em preto e branco e em cores, também com capa dura. Narra o sucesso do pequeno bólido nas ruas e pistas, no Grupo B de rali. Muito bem documentado.

Renault 5 Turbo - D'um rêve à la réalité - por L. Lhospied. Com 208 páginas, traz 220 fotos em preto e branco e em cores. O nome significa "de um sonho à realidade". Relata com critério o projeto, as vendas, as competições, a evolução e a técnica do pequeno superpotente.

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