Os precursores da CVT Como
os irmãos Van Doorne introduziram a transmissão |
Quando se fala em CVT (transmissão de variação contínua, como a Multitronic do
novo Audi A4), muitos se lembram dos holandeses DAF, que a introduziram. Mas como eram esses automóveis? |
O DAF 33, no alto, e sua
transmissão: para cada roda, um conjunto com correia e duas polias,
cujo diâmetro variava para gerar as "infinitas" relações
de marcha |
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O sistema consistia em
dois pares de polias com cavidade cônica, cada par ligado por uma correia de borracha. O motor girava as
polias primárias, que através das correias conduziam as secundárias, estas movimentando as rodas
traseiras. Como havia um conjunto de polias e correia para cada roda,
não era preciso diferencial. A mudança de relações era comandada por uma válvula eletromagnética de acordo com o vácuo no coletor de admissão (o que indicava a solicitação de maior potência pelo
acelerador), pelo mesmo princípio de alguns ciclomotores, como o Caloi Mobylette, e motonetas. |
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O DAF 750, depois renomeado
Daffodil, era uma versão
mais potente do 600, este pioneiro na transmissão Variomatic. O motor
permanecia um boxer de dois cilindros arrefecido a ar |
Naturalmente havia problemas, um deles a incapacidade da correia de lidar com motores de alto torque. Para o motorista, o efeito era curioso: a velocidade subia enquanto
o motor permanecia estável na rotação de torque máximo. Embora uma boa medida em termos de economia de combustível e emissões poluentes, o som não era exatamente agradável -- este seria o maior obstáculo à CVT mesmo nos anos 80, quando polias mais robustas, com tecnologia aeronáutica, haviam eliminado o problema de resistência. |
Os modelos 44, 55 e 66 foram
desenhados pelo italiano Michelotti. O 55, ao lado, foi o
primeiro com motor Renault de quatro cilindros, mantendo a
transmissão inovadora da marca |
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Em 1975 a DAF era absorvida pela Volvo, que passava a fabricar na Holanda, sob sua marca, o modelo 66 e depois o 343 (que seria o DAF 88), mais tarde rebatizado 340. Este último foi o primeiro a oferecer opção entre Variomatic e caixa manual de quatro ou cinco marchas, tendo sido produzido até 1991. Depois dele a Volvo fabricou em Born a série 400
(hatchback 440, sedã 460, cupê 480 ES) e a atual linha 40 (sedã S40 e perua V40), mas nunca mais utilizou a transmissão de variação contínua. |
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