> Os três motores são bem
elaborados, com vantagem para os V6. O do Fusion, chamado de
Duratec como muitos outros da Ford (incluindo os de 2,0 e 2,3
litros de quatro cilindros), é a última versão da linha
inaugurada em 1994 pelo Mondeo com 2,5 litros e que também
equipou, na versão de 3,0 litros, o Taurus de 1997 — não
confundir com o veterano V6 de
comando no bloco e mesma cilindrada usado por esse modelo
até 1996 no Brasil. A versão lançada com o Fusion, em 2006,
trouxe a adição de variador do tempo
de válvulas. Na linha 2010 tal variação passou a ser
acionada por energia torcional em vez de pressão de óleo, o que
aumenta sua precisão, a torna três vezes mais rápida e reduz o
consumo, segundo a Ford.
> No Camry está a unidade da família GR, lançada em 2002 e que
abrange versões de 2,5, 3,0, 3,5 e 4,0 litros. O de 3,5 apareceu
em 2005 e hoje equipa numerosos automóveis, minivans e
utilitários esporte da Toyota — e até o Evora da Lotus inglesa.
O quatro-cilindros da VW, por sua vez, é uma evolução do
clássico EA-827 (linha AP no Brasil) usado desde o primeiro
Audi 80, de 1972,
anterior ao próprio surgimento do Passat.
> Tanto Fusion quanto Camry usam bloco e cabeçotes de alumínio,
variador dos tempos de abertura das válvulas de admissão e
escapamento e coletor de admissão
variável. O Passat tem variação do coletor, mas não do
comando, o que apareceu na Europa em uma versão de 211 cv ainda
não aplicada ao modelo. Por outro lado, usa
turbocompressor,
resfriador de ar e
injeção direta. |
> A injeção direta é um
sistema similar ao adotado em muitos motores a diesel, em que os
injetores atuam diretamente nas câmaras de combustão. Isso
permite trabalhar com taxa de
compressão mais alta (10,3:1 no caso do Passat turbo, a
mesma do Fusion, sendo que motores superalimentados costumam
usar ao redor de 8:1) e adotar mistura ar-combustível mais pobre (com
mais ar e menos combustível) em diferentes camadas, conhecida
como estratificada.
Apesar das vantagens em potência e torque e da redução de
consumo e de emissões poluentes, no Brasil o sistema vem
ajustado para não operar no modo estratificado em razão do
elevado teor de enxofre da gasolina nacional. Ocorre que a
mistura estratificada aumenta a produção de óxidos de nitrogênio
(NOx), combatida com catalisadores especiais que não são
compatíveis com o alto teor de enxofre.
> Ao adotar uma plataforma estendida a partir da usada por Golf
(o de quinta geração, uma à frente da vendida no Brasil) e
Jetta, o Passat abandonou a suspensão dianteira por braços
sobrepostos Four Link, que era compartilhada com os Audis A4 e
A6 nas gerações lançadas nos anos 90. O conceito atual é o
conhecido McPherson, que o Camry usa tanto na frente quanto
atrás. Na traseira do VW, em contrapartida, o tradicional eixo
de torção — simples, barato e funcional para carros populares,
mas já superado neste segmento — deu lugar a um moderno conjunto
multibraço. O Fusion associa suspensão dianteira de braços
sobrepostos e traseira multibraço, conjunto dos mais eficientes.
Saiba mais sobre cada tipo de
suspensão. |