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Ford Fiesta
SE 1,6 16V Flex |
4,41 m |
110/115 cv |
R$ 55.877* |
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Honda City
DX 1,5 16V Flex |
4,40 m |
115/116 cv |
R$ 55.420* |
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* Preços sugeridos para os
carros avaliados, com possíveis
opcionais |
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O comprador de um automóvel médio tem hoje, basicamente, três caminhos:
pode optar por um modelo de fabricação nacional, por um produzido em
país com o qual o Brasil tenha acordo comercial — o que evita o Imposto
de Importação — ou por um importado no sentido literal, que vem de país
não incluído nesse tipo de acordo e recolhe o tributo adicional com
alíquota de 35%.
Imagina o leitor que, ao escolher o nacional, pagará menos
pelo mesmo conteúdo ou levará mais equipamentos pelo mesmo preço, certo? Nem sempre, e o mercado dá bons exemplos em
contrário. Veja o caso desses três sedãs médios, todos lançados da
metade de 2009 para cá e, portanto, ainda cheirando a novos nas
concessionárias.
A versão de entrada do nacional Honda City, a DX com
caixa manual, tem preço sugerido de R$ 55.420; já o Ford Fiesta SE
mexicano, que vem sem o imposto, parte de R$ 49.900 e o sul-coreano Kia Cerato, que recolhe
o tributo, começa em R$ 53.400. Todos eles oferecem
versões superiores ou pacotes de opcionais.
Para saber qual a melhor compra nessa classe
intermediária — carros maiores e mais caros que os sedãs compactos, mas com porte, potência e preço abaixo daqueles de um médio
característico —, o Best Cars colocou lado a lado os três modelos
em versões que se aproximam também em valores.
O City veio em
acabamento DX, na qual a Honda hoje concentra seu empenho de
vendas. O carro é praticamente igual ao LX, do qual perde apenas o
sistema de áudio, mas custa R$ 2.000 a menos. Como é evidente que você
não pagaria tal valor por um simples toca-CDs, o LX pode ser esquecido —
e lançar o DX mostra-se um artifício de marketing da empresa, que
poderia se "queimar" com os atuais clientes se, simplesmente, baixasse o
preço sugerido da versão já existente. O modelo feito em Sumaré, SP, não
cobra a mais pela pintura metálica e sai
então pelos citados R$ 55.420.
De Cuautitlán, México, vem o Fiesta em versão única SE, mas com dois
pacotes de opcionais. O mais caro, como foi avaliado, leva-o a R$
55.877 com pintura metálica, muito pouco acima do City. O outro oponente vem de bem
mais longe — o Cerato é fabricado em Hwasung, na Coreia do Sul — e
oferece também três níveis com caixa manual, o superior
deles por R$ 59.900. Esse valor não inclui o frete em torno de R$ 1.000, enquanto os concorrentes
o trazem
incluído. Vale notar que a Kia acaba de anunciar a adoção de caixas de
seis marchas (manual e automática) no modelo, com aumento de preço, mas
o carro avaliado usava a de cinco. Até então seu preço era de R$ 56.900.
Se os preços mostram equilíbrio, o que dizem os outros três "Ps"
de nossos comparativos? Sim, eles confirmam boas condições para o
confronto. Os carros seguem a mesma proposta de uso, de sedãs
médios com quatro portas, espaço interno mediano e desempenho bastante
adequado; têm porte semelhante, com variação máxima de 13
centímetros em comprimento, embora a distância entre eixos varie mais
(16 cm); e obtêm potências próximas em motores de 1,5 e 1,6
litro, todos dotados de quatro válvulas por cilindro: 126 cv
no Cerato (só a gasolina), 115/116 no City e 110/115 no Fiesta (gasolina e
álcool, na ordem). Continua
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