
 |
Lembra-se o leitor dos picapes de cabine dupla transformados dos anos
80? Felizmente para muitos, foi-se o tempo daqueles pesados utilitários
adaptados, alguns de péssimo gosto, em geral com motores a diesel de
menos de 100 cv para lidar com mais de duas toneladas de peso. Em seu
lugar, desde a década passada, estão os utilitários esporte importados.
A onda começou com Mitsubishi Pajero e Jeep Grand Cherokee, passou por
modelos de marcas menos conhecidas e chegou há pouco ao Toyota Land
Cruiser Prado, uma das mais recentes novidades no segmento. Em pelo
menos dois dos quatro "Ps" que o BCWS considera na seleção para
um comparativo, o Prado está em plena sintonia com um dos principais
modelos da classe, o Grand Cherokee: proposta e porte.
Esses amplos utilitários esporte destinam-se ao mesmo perfil de
utilização, o de veículos familiares com capacidade para o
fora-de-estrada eventual, e têm medidas próximas, com 10 cm a mais de
distância entre eixos no Toyota. No terceiro "P", preço, o Prado
começa em razoável vantagem: R$ 175,5 mil com o
câmbio manual avaliado (único disponível quando o solicitamos ao
fabricante) e R$ 178,6 mil com o automático, contra R$ 203,6 mil do Grand Cherokee de caixa automática,
o único disponível.
O quarto "P" — potência — revela diferença expressiva:
163 cv no Jeep e apenas 131 no Toyota, pois só o primeiro recorre à moderna
tecnologia da injeção de duto único. À
parte esse fator, são parecidos também na parte mecânica, como a
cilindrada (2,7 e 3,0 litros, na ordem), tipo de tração integral
(permanente e com reduzida) e de suspensão traseira. Portanto, uma
comparação que começa com relativo equilíbrio, mas quem sabe como
terminará? Continua
|