Se o leitor é dos que
compram carros pela frieza dos números, o 206 é a escolha a
fazer. Com o mesmo motor e relações de transmissão semelhantes,
mas beneficiado pelo menor peso e a área frontal mais reduzida
(é 10 cm mais baixo, diferença expressiva), levou o C3 em
todas as medições que constam da
Simulação de Desempenho elaborada pelo consultor Iran
Cartaxo.
Foram vantagens diminutas, é verdade: 4 km/h em velocidade
máxima, 0,3 s na aceleração de 0 a 100 km/h, 0,4 km/l no consumo
urbano. Mais importante, a nosso ver, é que ambos estão muito
bem diante da concorrência (veja simulação
do C3 com outros modelos do segmento), tanto em desempenho
quanto em consumo.
Algumas análises a partir da simulação:
> Aerodinâmica é coisa séria. Com pneus de mesma largura,
portanto de atrito |
similar, mas prejudicado
pela grande área frontal, o C3 requer 2 cv a mais para manter
120 km/h, o que significa menor eficiência.
> A quinta marcha do 206 é marginalmente mais longa, gerando
apenas 50 rpm a menos aos mesmos 120 km/h. Só que o carro perde
com evidência na absorção de ruídos e vibrações, fazendo parecer
-- acreditávamos nisso até conferir os números -- que tem
relação mais curta que a do C3.
> Ambos os fabricantes calcularam a quinta com precisão para
atingir a velocidade máxima com o motor "cheio", no regime de
potência máxima (5.750 rpm). Mesmo que o usuário nunca chegue a
essa velocidade, é um prazer para o entusiasta ver um acerto
desse tipo em um país com tantos câmbios errados, em geral
curtos em excesso para "dar agilidade" (saiba
mais). |