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Os coreanos renovam seu Elantra e enfrentam,
no Brasil, um concorrente direto de origem japonesa

Texto e fotos: Fabrício Samahá

A indústria sul-coreana é uma das que mais rápido se desenvolveram: tudo começou nos anos 70, e na década seguinte seus automóveis já disputavam o concorrido mercado norte-americano. No Brasil, apesar de más experiências como a da Asia Motors e as duas anteriores da Hyundai, os carros coreanos vão aos poucos conquistando seu espaço -- e um deles, o Elantra, acaba de ser reprojetado.

Por seu porte, potência e preço -- trinômio que deve ser equilibrado num comparativo do BCWS --, o médio da Hyundai concorre com muitos modelos nacionais e importados do mercado, mas poucos são tão semelhantes a ele em conceito e público-alvo como o Toyota Corolla. A origem japonesa deste torna a comparação ainda mais interessante, já que os coreanos basearam-se na tecnologia nipônica (Mitsubishi no caso da Hyundai) por muito tempo até desenvolver sua própria.

Frente agressiva destoa um pouco da traseira clássica do Elantra, mas o desenho é contemporâneo. O Hyundai chega com um conjunto interessante e a preço atraente, como é habitual vindo dos coreanos

Temos, portanto, dois sedãs médio-pequenos de três volumes e quatro portas, com motor transversal de 16 válvulas e preços próximos na paridade de equipamentos (veja tabela de itens de série e opcionais). As maiores cilindrada (2,0 contra 1,8 litro) e potência (142 ante 116 cv) do Elantra não invalidam o confronto, que promete uma boa disputa entre asiáticos.

Concepção e estilo

O Corolla é um clássico na Toyota: nasceu em 1966 no Japão e já chegou à nona geração naquele país. A oitava, lançada em 1995, serviu de base para o modelo brasileiro, aqui produzido desde 1998. O Elantra é bem mais recente, tendo o primeiro surgido em 1990. O atual, de segunda geração, está no mercado nacional desde abril último.

Como se espera, o Hyundai deixa o Toyota para trás em atualidade de linhas, com destaque para as formas suaves das laterais e da traseira, o formato irregular dos faróis e da grade (parecendo inspirados em alguns carros alemães) e as lanternas traseiras em diagonal, lembrando modelos ingleses. Essa mistura de estilos, mais agressivo de frente que por trás, gera alguma polêmica. O modelo anterior era mais harmonioso, mas sem muita personalidade.

O Corolla é bem tradicional de onde quer que se olhe, mas agrada a um público mais conservador. A marca poderia ter moderado no volume dos pára-choques, que acentuam seu entreeixos (2,46 m) pequeno para o comprimento total de 4,4 m. Em contrapartida, as rodas de alumínio usinadas da versão SE-G são muito elegantes e valorizam o estilo, ao contrário das do Elantra, que parecem calotas. Continua