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Comparativo Completo
Mecânica, comportamento e segurança

O motor do Elantra, de concepção própria da marca, tem maior cilindrada e ótimo rendimento: 142 cv para 2,0 litros, ou 71 cv/l de potência específica. Possui duplo comando, quatro válvulas por cilindro e injeção multiponto sequencial, a exemplo do Corolla, mas este fica em 116 cv para 1,8 litro (65 cv/l). Como o torque máximo do Hyundai, de 18,6 m.kgf, só aparece a elevados 4.500 rpm, o leitor pode estar esperando por críticas a seu desempenho em baixa rotação.

Porta-malas menor, banco traseiro mais amplo. Já
o desempenho do Elantra é superior por larga margem

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Mas elas não virão. O trabalho dos coreanos foi realmente bom: o motor desenvolve bem em qualquer regime, é suave no funcionamento e não muito ruidoso. A marca anuncia velocidade máxima de 206 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 9,1 s, boas marcas para o segmento. Os índices do Corolla não são fornecidos, mas a falta de torque em baixa é sentida e constatada no regime (4.800 rpm) em que aparece o ponto máximo de 15,7 m.kgf.

Já no consumo o Elantra ganha em estrada (15,3 contra 13,6 km/l) mas perde em cidade (9 ante 10,9 km/l), de acordo com os fabricantes. Algo que os orientais fazem muito bem é comando de câmbio, de leveza surpreendente nos dois automóveis -- até a marcha a ré tem fácil engate, sem travas desnecessárias.

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Conforto é prioridade sobre a estabilidade em ambos. O
Corolla ganha em consumo urbano e perde em rodoviário

Freios eficientes, com sistema antitravamento (ABS) de série no Corolla e opcional no Elantra, que traz discos também na traseira, e direção assistida bastante leve nas manobras (embora pudesse ser mais firme em velocidade) são outros pontos positivos de ambos.

Como são modelos de perfil comportado, não se deve esperar a estabilidade de um esportivo: inclinam bem nas curvas (o Elantra menos), mas têm comportamento adequado a sua proposta. O mais importante é o conforto de rodagem e nisso ambos agradam: são macios, silenciosos e passam muito bem por lombadas ou irregularidades -- o Hyundai surpreende nesse aspecto por se tratar de um importado, pois há carros nacionais que não o fazem com tanta competência.

Rodas do Corolla são mais elegantes, mas apenas o Elantra (direita) vem
com faróis de duplo refletor e unidades para neblina, opcionais

Ambos vêm de série com bolsas infláveis frontais, mas o Corolla traz encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes. Só o Elantra pode vir com faróis de neblina, faltando a luz traseira de mesma finalidade, e seus faróis principais utilizam duplo refletor (de superfície complexa também no concorrente). Os dois deixam de fora o importante repetidor de luzes de direção nos pára-lamas, contudo trazem luz indicadora de portas mal fechadas e retrovisor esquerdo convexo -- só que com distorção de imagens no Hyundai. Continua

Comentário técnico
> O motor do Elantra tem um dos cursos de pistão mais longos já vistos em motores de 2,0 litros: 93,5 mm. Isso contribui para o torque em baixa rotação e não resultou, neste caso, em vibrações e aspereza de funcionamento, o que evidencia um bom projeto pelos coreanos.
> As relações de marcha do Hyundai, escalonadas para o conforto, deixam o motor 550 rpm abaixo do regime de potência máxima ao se atingir a velocidade final, que o fabricante informa ser de 206 km/h. No Corolla a transmissão é bem mais curta, mas o "casamento" de rotações não pode ser avaliado porque a marca não divulga índices de desempenho.
> Do comprimento às bitolas, o Elantra é maior que o Corolla em todas as dimensões. O destaque é a distância entre eixos de 2,61 m, superior em 15 cm à do Toyota. Este já foi ultrapassado, nesse valor, por modelos do segmento inferior, como o novo Corsa (2,49 m).

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