Que os coreanos seguiram a escola japonesa, não resta dúvida ao observar os carros por dentro. Hyundai e Toyota adotam inúmeros detalhes em comum, como as curiosas regulagens dos bancos (botão giratório para altura do assento, alavanca para inclinação do encosto), a montagem dos controles elétricos dos vidros e retrovisores nas portas, o relógio digital à direita no painel e até um porta-documentos à esquerda.

O Corolla SE-G vem com revestimento dos bancos em couro, opcional no Elantra, que contribui para um ar sofisticado. Mas o acabamento do Toyota adota mais tons claros, enquanto o Hyundai traz o forro do teto em cinza-escuro, que transmite sensação de calor. A posição de dirigir agrada mais no coreano, em função de melhor colocação dos pedais (o de freio fica muito alto no nipo-brasileiro), ajuste lombar do encosto (em três opções definidas) e regulagem de inclinação do assento. Ambos têm bom volante de quatro raios ajustável em altura.

O Elantra cativa pelo miolo de ignição iluminado, mas ao girar a chave uma irritante sineta alerta sobre cinto desatado (antes mesmo de dar a partida!), o mesmo ocorrendo ao se abrir a porta com a chave no contato. Ponto de destaque em ambos é o espaço para objetos, incluindo o apoio de braço central, um porta-objetos no console e dois porta-copos -- escamoteáveis no Corolla, que traz também porta-moedas. Pára-brisa com faixa degradê, travamento das portas a distância e ajuste de intervalo do limpador são comuns aos dois.

O ar-condicionado do Hyundai possui controle automático de temperatura e de recirculação (fecha a admissão de ar se houver alta concentração de poluentes), ausentes do Toyota. Mas seus difusores centrais não podem ser fechados nem dirigidos bem para cima, o que acaba direcionando ar gelado ao rosto do motorista. Junto do hodômetro digital estão as duas únicas funções do computador de bordo, consumo médio (em litros por 100 km, padrão europeu) e autonomia, só que tão pequenas que o carro deveria vir com lupa...

Detalhes favoráveis ao Elantra são o temporizador do controle elétrico dos vidros, antena embutida no vidro traseiro (em vez de junto à coluna dianteira), apoio adequado para o pé esquerdo, temporizador da luz interna com apagamento gradual, luzes de leitura no teto e de cortesia nas portas dianteiras, porta-luvas com chave, lavador de pára-brisa sincronizado ao limpador, indicador da temperatura externa e banco traseiro bipartido com apoio de braço central.

Posição de dirigir do Elantra, à esquerda, é beneficiada pelos ajustes de inclinação do assento e apoio lombar do encosto. Os dois oferecem revestimento de couro e os itens de conveniência mais comuns na categoria

Vantagens do Corolla são o cinto de três pontos e o encosto de cabeça para o quinto ocupante, rádio/toca-CD com painel removível, disqueteira para seis discos no console, medidor de combustível ativo mesmo com ignição desligada e a roda do estepe também de alumínio. Mas seu alojamento do sistema de áudio parece adaptado ao painel e alguns elementos, como alças de teto e reostato do painel, são simplesmente nostálgicos. No Elantra deveria ser revista a colorida iluminação dos instrumentos em azul e vermelho (padrão Volkswagen), relógio digital em verde e o restante, como ar-condicionado e rádio/toca-CD, em um tom amarelado. Continua