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Carros do Passado

Nessa versão os bancos dianteiros eram individuais. Chamava a atenção e tinha um certo charme, principalmente diante do público feminino. Foram até fabricadas malas, frasqueiras e bolsas com a mesma decoração. O motor crescia em potência: passava a 845 cm3 -- o mesmo do Dauphine, brasileiro inclusive -- e 34 cv. Chegava agora a 115 km/h.

A parceria com uma revista feminina levou ao R4 Parisienne, com uma curiosa decoração lateral, de olho nas compradoras

Sempre em evolução   Um ano depois o R4 ganhava uma grade maior, oblonga, ocupando toda a largura da frente. Ficava mais moderno. Todos os bancos tinham forração completa e o painel recebia novo desenho. No princípio de 1966 o primeiro milhão de unidades vendidas era alcançado, e a evolução não cessava.

Em setembro de 1970 o modelo Rodeo era apresentado. Com carroceria em plástico reforçado com fibra-de-vidro, tratava-se de um jipinho de desenho muito simples com mecânica do R4. Tinha duas portas e capota de lona. Era um concorrente do Mehari, derivado do Citroën 2CV.

O despojado R3 (à esquerda), de curta duração no mercado, e o longevo R4: simples, robustos e econômicos, conquistaram muitos apreciadores

Na década de 70 a concorrência estava maior. Na mesma faixa de preço, além dos antigos "inimigos", estavam o Ford Escort, o Simca 1100, o Opel Kadett, o Polski Fiat 1300 (versão polonesa do 124, que conhecemos pelo Lada Laika), o Fiat 127, o DAF 44 e o Autobianchi 112 E -- um de cada canto da Europa. A gama do Renault nesse ano era composta dos modelos L, Export, TL e Safari. 

Em 1975 o R4 ganhava novos pára-choques e a grade tornava-se retangular. O novo painel, com acabamento quase todo preto, era maior e mais seguro, com proteção de borracha inspirada no irmão R5. A alavanca de câmbio continuava no meio, e o retrovisor, sobre o painel. Os bancos estavam mais anatômicos, confortáveis e com encosto para a cabeça. Após dois anos completava cinco milhões de unidades produzidas. Número expressivo, que confirmava o sucesso do carro.
Continua

O teto solar era muito bem-aceito nos países europeus de sol mais escasso. As cinco portas tinham grande ângulo de abertura e o capô abria-se para a frente
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Na propaganda o R4 foi rei. Uma delas citava a presença do pequeno e valente carro em 103 países. Noutra as peças da carroceria, como pára-lamas, portas, pára-choques e rodas, estavam destacadas e com os preços à mostra, para comprovar a reposição barata. Famílias no campo se divertindo, fazendeiros carregando, no supermercado, no pico das montanhas... Não faltavam humor e irreverência.
 
Para ler
Álbum Renault 4, de Robert Sejourne: 208 páginas, que contam a história detalhada com fotos e fichas de mais de 30 anos do R4.

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