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novo GTO O 288 GTO seria baseado no Ferrari 308 GTB, decisão acertada que ia ao encontro da opinião da imprensa da época.
Esta o considerava o mais interessante dos Ferraris, pois os outros modelos viviam à sombra dos concorrentes.
A Ferrari fez tudo como devia: o compacto V8 do 308 foi reposicionado em posição longitudinal, alinhado ao câmbio, num arranjo que auxiliaria muito as futuras competições de que deveria participar.
O motor foi extensamente retrabalhado para deslocar 2,85 litros e poder usar turbocompressor no Grupo B da FIA.
Essa curiosa cilindrada era obtida a partir do coeficiente de equivalência (1,4) para motores turbo no Grupo B: 4,0 litros divididos por 1,4, que resultam em
2,85 (hoje o coeficiente é 1,7). Dois turbos da japonesa IHI (Ishikawajima-Harima Heavy
Industries) foram instalados, soprando através de dois
resfriadores de ar Behr, para produzir 400 cv a 7.000 rpm.
O estilo da carroceria era uma obra-prima: um 308 GTB masculinizado pelos pára-lamas mais largos e o baixo spoiler dianteiro, que abrigava quatro faróis retangulares. Na traseira, atrás das aberturas de roda, saídas de ar e um spoiler tipo
rabo-de-pato, como no 250 GTO, bem integrados ao desenho do carro. Muitos, inclusive o autor, ainda consideram o 288 GTO um dos mais belos automóveis já criados.
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