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Carros do Passado

Mudanças de rumo   O F40 é um dos maiores mitos da Ferrari, inclusive no Brasil, onde ficou famoso quando conduzido nas avenidas de Brasília pelo então presidente Fernando Collor. Pouco depois era apresentado no primeiro Salão do Automóvel de São Paulo após a liberação das importações de veículos, em 1990. Sobre ele e seu mais famoso rival, Gordon Murray certa vez disse, em uma entrevista sobre o que mais tarde seria seu McLaren de rua: "O 959 é tão eficiente que se torna chato. O F40 é extremamente divertido, mas cansativo demais. O McLaren não será nenhum dos dois, mas será mais veloz que ambos".

O carro mudou o rumo da marca de Maranello: depois do F40, a Ferrari decidiu nunca mais ficar atrás da Porsche em tecnologia

Como o 959, o F40 mudou também o curso da história da empresa que o criou. A Ferrari decidiu nunca mais ficar atrás da Porsche -- ou qualquer outro concorrente -- em tecnologia, e para isso inaugurou, ainda nos anos 80, um eficiente centro de pesquisa e desenvolvimento dentro da fábrica de Maranello. Este centro funciona como o de Weissach para a Porsche, inclusive vendendo serviços de engenharia para quem puder pagar. Hoje, os Ferraris são tão excitantes quanto os de outrora, mas também tão práticos e confiáveis quanto os Porsches.

O F40 provocou uma verdadeira corrida de fabricantes para produzir supercarros cada vez mais fantásticos durante os anos 90. Vieram em seguida o Bugatti EB110, o McLaren F1, o Jaguar XJ 220 e o substituto do F40, o Ferrari F50. E essa corrida continua: em breve os alemães da Volkswagen lançarão seu Bugatti EB 16/4 Veyron e a Ferrari já divulgou seu novo FX.

Itália contra Alemanha: F40 versus 959, tudo de novo? Parece que desta vez os alemães serão os mais velozes, apesar de o FX parecer mais leve, ágil e com uma aerodinâmica irrepreensível, a se confirmar no lançamento em setembro. Correndo por fora, haverá ainda um novo concorrente da Porsche, o Carrera GT, conhecido como carro-conceito desde o Salão de Paris de 2000.

O FX, próxima estrela dos italianos, vem competir com o Bugatti Veyron dos alemães: será uma nova guerra entre os países?

Talvez seja essa a maior contribuição do F40: a de retomar o avanço do estado da arte na construção de supercarros. Mesmo em nosso politicamente correto mundo atual, a batalha continua, em busca de uma posição no panteão dos fabricantes de supercarros. Que só não escapou de Maranello devido ao nervoso, intratável, mas mesmo assim adorável Ferrari F40.

Ficha técnica
MOTOR - central-traseiro, longitudinal, 8 cilindros em V a 90 graus; duplo comando nos cabeçotes, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 82 x 69,5 mm. Cilindrada: 2.936 cm3. Taxa de compressão: 7,8:1. Potência máxima: 478 cv a 7.000 rpm. Torque máximo: 58,8 m.kgf a 4.500 rpm. Injeção multiponto seqüencial; dois turbocompressores; dois resfriadores de ar.
CÂMBIO - manual, 5 marchas; tração traseira.
SUSPENSÃO - dianteira e traseira, independente, braços triangulares sobrepostos, estabilizador.
FREIOS - dianteiros e traseiros a disco ventilado.
DIREÇÃO - sem assistência.
RODAS - dianteiras, 8 x 17 pol, pneus 235/45 ZR 17; traseiras, 13 x 17 pol, pneus 335/35 ZR 17.
DIMENSÕES - comprimento, 4,43 m; largura, 1,98 m; altura, 1,13 m; entreeixos, 2,45 m; capacidade do tanque, 120 l; peso, 1.100 kg.
DESEMPENHO - velocidade máxima, 324 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 3,8 s.

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