

Terceira porta de vidro,
quatro lugares, formas ousadas: um Volvo diferente com base no Focus de
nova geração



O perfil do C30 lembra o do
480 ES (no centro), que usava a mesma solução na terceira porta; seis
bolsas infláveis são de série nas três versões do novo hatch |
"É
um segmento inexplorado pela Volvo", começou Marcos Saade, diretor de
vendas da Volvo Cars do Brasil, na apresentação do modelo à imprensa
nesta quinta-feira (12/4) em São Paulo. Inexplorado, mas a marca sueca
esmerou-se para entrar no segmento com força total. Vai procurar tirar
compradores de carros como Audi A3,
VW Golf GTI, Fiat Stilo Abarth, BMW Série 1 e
Citroën C4.
O importador espera vender 200 unidades do C30 este ano e 300 em 2008.
Claro, luta com o problema de expandir sua rede de concessionárias, no
momento restrita a seis e na região sudeste somente, mas que chegará a
nove quando forem nomeadas três no Nordeste, disse Saade. O C30 é
produzido em Ghent, na Bélgica, para todos os mercados.
Lançado no Salão de Paris de 2006, só existe com três portas e quatro
lugares. Os bancos traseiros são individuais, até com pequena separação
entre eles. A plataforma é a mesma do
Ford Focus de segunda geração à venda na Europa, incluindo o
entreeixos de 2,64 metros. A medida é a mesma do sedã S40, mas o C30 é
22 cm menor, com 4,25 m de comprimento. Surpresa agradável é a baixa
altura de 1,447 m, quase exceção nesse mundo louco de carros cada vez
mais altos. O espaço traseiro não é expoente, mas acomoda pessoas de até
1,85 m de altura.
Suas linhas atraem e até empolgam. Cintura alta ascendente para trás,
tampa (hatch) toda de vidro e lanternas traseiras em peça única que
sobem pela coluna são os traços de desenho mais marcantes. Foi inspirado
no 1800 ES da década de 1960 e do 480 ES
dos anos 80, além de lembrar o conceito
SCC (Safety Concept Car) de 2001. O topo de linha T5 inclui
aerofólio de teto, enquanto as versões de 2,0 e 2,4 litros trazem apenas
defletor nesse local. O volume para bagagem é bom, 364 litros, mas
avantajado mesmo é o tanque: 62 l.
Há motorizações (todas com duplo comando e quatro válvulas por cilindro)
para todos os gostos. A versão quatro-cilindros de 2,0 litros,
o mesmo Duratec do Focus e do EcoSport vendidos no Brasil, desenvolve potência de 145 cv a 6.000 rpm e
torque de 18,9 m.kgf a 4.500 rpm. Vem com caixa manual de cinco marchas e custa R$ 90
mil.
Em seguida vem o 2,4 de cinco cilindros e
aspiração natural, já visto no S40 e na perua V50, com 170 cv a
6.000 rpm e 23,5 m.kgf a 4.400 rpm. Somente com caixa automática de
cinco marchas, que permite troca manual pela alavanca, seu preço é de R$
113,9 mil.
Finalmente, o T5 usa um 2,5-litros turboalimentado de 220 cv a 5.000 rpm e 32,6 m.kgf de 1.500 a 4.800 rpm,
também só com câmbio automático e comum a S40 e V50. É usado ainda no
Focus ST europeu. A versão sai por R$ 133,9 mil. Todos motores
potentes e elásticos, sobretudo o turbo, que pudemos experimentar
rapidamente.
Continua |