



Console estreito,
sistema de áudio Dynaudio, separação entre passageiros de trás:
interior refinado e agradável |
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C30 T5 |
MOTOR
- transversal, 5 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 83 x 93,2 mm.
Cilindrada: 2.521 cm3. Taxa de compressão: 9:1. Injeção
multiponto seqüencial. Potência máxima: 220 cv a 5.000 rpm. Torque máximo:
32,6
m.kgf a 1.500 rpm. |
CÂMBIO
- automático, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência eletroidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente McPherson; traseira, independente,
multibraço. |
RODAS
- 17 pol; pneus, 205/50 R 17. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,252 m; largura, 1,782 m; altura, 1,447 m;
entreeixos, 2,64 m; capacidade do tanque, 62 l; porta-malas, 364
l; peso, 1.347 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 235 km/h; aceleração
de 0 a 100 km/h, 7,1 s. |
Dados do fabricante; consumo
não disponível |
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A
segurança é típica Volvo: todas as versões contam com bolsas infláveis
frontais, laterais e cortinas (que abrangem dianteira e traseira), além
do controle do efeito-chicote nos apoios de cabeça. Disponível no T5
somente é o sistema de alerta de tráfego pela retaguarda nas faixas
adjacentes, o BLIS (sigla, em inglês, para sistema de informação de
ponto cego). Quando um veículo se aproxima por qualquer dos lados, uma
luz se acende próximo à raiz dos retrovisores, mas pelo lado interno.
Certo exagero, pois os espelhos biconvexos
dão excepcional campo de visão para trás. Tanto que o BLIS pode ser
desligado.
Todos vêm com freios ABS e distribuição
eletrônica da força de frenagem, o 2,4 adiciona controle de tração,
e o T5, o de estabilidade.
Controlador de velocidade sai em todos.
O sistema de áudio do topo de linha vem com 12 alto-falantes e
disqueteira para 12 unidades. Este traz ainda faróis baixos e altos de
xenônio, retrovisores externos
escamoteáveis e interno fotocrômico,
sensor de chuva, assistente de
estacionamento na traseira, teto solar elétrico (também no 2,4) e
ajuste elétrico para o banco do motorista. Revestimento em couro vem em
toda a linha. As rodas têm desenho diferenciado, com aro 16 no 2,0-litros e 17 nos cinco-cilindros. O estepe é
fino, de uso temporário.
Bom de andar
Foi possível
realizar apenas brevíssimo teste de avaliação do T5 numa tarde de muito
tráfego em São Paulo, por pouco mais de 10 quilômetros na SP 330
Anhangüera (além disso, nunca
vimos uma apresentação tão pobre em informação, algo inconcebível). O C30 está no nível de qualquer bom carro europeu e o motor
movimenta bem os 1.347 kg do veículo, o que dá 6,1 kg/cv de relação
peso-potência. Bancos confortáveis e com bom apoio lateral e volante com
ajuste de altura e distância permitem achar a posição de dirigir
correta. Só a falta de faixa degradê no pára-brisa incomoda um pouco.
O câmbio automático funciona bem e promove redução automática nas
freadas médias. A troca manual é no padrão mais comum — e "anti-BMW" —,
com movimentos para trás para reduzir e para frente para subir marchas,
como é preferência do autor. Em operação manual a marcha seguinte não é
passada, ficando o motor em corte a 6.500 rpm. O canal seletor só tem as
posições P-R-N-D, com canal lateral para chegar, na direita, ao de "+" e
"-" de trocas manuais. Bem simples e eficaz, e nesse operação a marcha
em uso é indicada no mostrador multi-informação entre os dois
instrumentos circulares.
O rodar é bem firme e controlado, com curvas feitas com pouca rolagem.
Há grossos estabilizadores na frente e atrás. Os quatro freios a disco
proporcionam desacelerações convincentes e confiáveis. Estranho mesmo é
o velocímetro à esquerda e o conta-giros à direita, o que requer hábito
para se olhar para o lugar que se quer. Como em muitos carros europeus,
o ponteiro do velocímetro está vertical a 130 km/h, o que facilita a
leitura. O volante é todo bom, mas um aplique de metal na parte interna
do aro, em cima, incomoda quando não se está com os polegares nas
extremidades dos raios, como em manobras. Volante não é mesmo assunto
para estilista.
Um visual agradável ao banco do motorista, soluções diferentes — como o
console do painel fino e vazado por trás —, um jeito de andar dos
melhores e uma sensação absoluta de solidez mostram que a Volvo quer
explorar bem o terreno que é virgem para ela.
Terá êxito, sem nenhuma dúvida. |