Espaçoso e mais acessível

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O Toyota Hilux a gasolina surpreende pelo desempenho e tem
menor preço que a versão a diesel, mas a suspensão incomoda

Texto e fotos: Gino Brasil

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O desenho atual do Hilux ganhou retoques na parte dianteira para 2009; rodas de alumínio de 16 pol com pneus 265/70 são de série na versão

Concebidos para ser veículos utilitários, destinados ao trabalho duro e desgastante, os picapes têm hoje aplicação bem diferente de seus ancestrais de 15 ou 20 anos atrás. São mais usados na cidade e na estrada para carregar passageiros e, eventualmente, cargas leves. Por isso, as características que advêm de carros de passeio nos picapes atuais impressionam, do acabamento interno a quesitos de dirigibilidade.

O Toyota Hilux foi equipado com motor a diesel desde que chegou ao Brasil, no começo da década passada, tornando-se "nacional" com a produção argentina em 1997. Com a remodelação de 2001 apareceu a opção de um propulsor a gasolina de 2,7 litros e 142 cv (leia avaliação), mas na geração lançada em 2005 a alternativa foi descartada. O novo Hilux revolucionou um segmento que já vinha passando por constantes transformações. Trouxe um novo patamar de conforto, desenho e dirigibilidade para a classe, além de oferecer opções incomuns como câmbio automático, controlador de velocidade e revestimento dos bancos em couro. Picapes como ele ficaram cada vez mais próximos dos carros e, de maneira geral, se integraram ainda mais à paisagem urbana.

Ainda que a fábrica japonesa oferecesse duas opções de motores e três versões de acabamento, faltava a versão a gasolina. Veículos movidos a diesel são mais caros, pelo custo desse tipo de motor, além de ter um seguro mais oneroso. A opção nem sempre era convidativa a uma parcela de consumidores com baixa quilometragem anual, em que a economia ao abastecer demoraria anos para compensar as despesas de compra e seguro, ainda que o valor de revenda seja também maior no caso do diesel.

Além disso, alguns concorrentes como Chevrolet S10, Ford Ranger e Mitsubishi L200 Triton já ofereciam opção de motores a gasolina (flexível no caso do modelo da General Motors) em sua linha. Verificando que a participação de mercado dessas versões era considerável, a Toyota foi atrás de credenciais para participar desse clube restrito. Assim, aproveitou a leve reforma visual do Hilux para 2009 para introduzir na linha um motor a gasolina.

A nova unidade motriz, segundo a Toyota, foi desenvolvida para veículos comerciais, não sendo resultado de adaptação de motor de automóvel. Todo de alumínio (o antigo usava bloco de ferro fundido), esse quatro-cilindros de 2,7 litros desenvolve a potência de 158 cv e o torque de 24,5 m.kgf. Sua construção recorre a modernos materiais e conceitos, caso do duplo comando de válvulas no cabeçote com a tecnologia VVTi de variador do tempo de válvulas, que controla o momento de abertura das 16 válvulas de acordo com as condições de uso. Tal tecnologia permite mais torque em qualquer rotação, menor consumo e emissão de poluentes mais baixa.

Além disso, o novo motor possui duas árvores de balanceamento, que têm como função anular as vibrações de funcionamento, normalmente elevadas em um quatro-cilindros de grande cilindrada (quase 700 cm³ por cilindro). O coletor de admissão é feito em plástico e o coletor de escapamento em aço inox, melhorando a eficiência do catalisador, que alcança mais rápido a temperatura de trabalho. Os pistões são refrigerados com jatos de óleo, para melhor refrigeração, e as bielas são forjadas. Portanto, um motor bastante sofisticado do ponto de vista técnico. Continua

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Data de publicação: 7/4/09

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