Com base na plataforma do
novo Lancer, o Outlander evolui bastante em estilo se comparado ao
Airtrek
Lanternas traseiras com LEDs,
faróis bem desenhados e rodas de 18 pol contribuem para a aparência
elaborada |
Sabe
aquela estratégia, bem conhecida no segmento de entrada, de vender a
geração antiga e a atual como modelos diferentes e em faixas de preço
distintas? Com o novo Outlander a Mitsubishi aplica esse método ao
segmento de crossovers, termo em inglês que significa cruzamento e
identifica modelos intermediários entre automóveis e utilitários
esporte.
O fato pode passar desapercebido porque, ao contrário dos mercados
americano e australiano, o brasileiro chamava de
Airtrek a geração anterior do
Outlander. Curiosamente, no Japão e em parte da Europa o nome era também
Airtrek, mas com desenho frontal diferente do usado aqui. Por aqui, o
modelo antigo continuará a ser vendido com motor de quatro cilindros e
2,4 litros, ao preço sugerido de R$ 100 mil, enquanto o Outlander — o
novo — chega apenas em versão V6 de 3,0 litros por R$ 139 mil.
Fabricado no Japão e lançado no ano passado no mercado mundial, o
crossover vem competir com diversas opções, sobretudo asiáticas: Honda
CR-V (2,0 litros, 150 cv, R$ 123 mil), Hyundai Tucson GLS (V6, 2,7 l,
180 cv, R$ 135 mil), Kia Sorento EX (V6, 3,8 l, 267 cv, R$ 137,9 mil),
Land Rover Freelander S (V6, 3,2 l, 233
cv, R$ 132 mil) e SE (R$ 145 mil), Subaru Forester XT Turbo (2,5 l, 230 cv,
R$ 125,9 mil) e Toyota RAV4 (2,4 l, 170 cv, R$ 134,7 mil). Portanto,
embora seja dos mais caros do grupo, o Mitsubishi perde em potência
para o Kia, o Subaru e o Land Rover.
Mas vem muito bem-equipado: seis bolsas infláveis (frontais, laterais
dianteiras de tórax e cortinas que protegem toda a área lateral — por
isso a marca divulga que são oito bolsas), freios com sistema
antitravamento (ABS) e distribuição
eletrônica de pressão (EBD), ar-condicionado automático, ajuste
elétrico do banco do motorista e aquecimento em ambos os dianteiros,
controlador de velocidade, controle
elétrico dos vidros com função um-toque
e sensor antiesmagamento em todos,
revestimento dos bancos e volante em couro, computador de bordo,
rádio/toca-CDs para seis discos com MP3,
muitos porta-objetos e três tomadas de energia 12 V. De setembro em
diante haverá opção de controles de
estabilidade e de tração.
A primeira evolução que se nota do Airtrek para o Outlander é o estilo:
as linhas algo estranhas do antigo modelo deram lugar a formas mais
harmoniosas, com destaque para faróis, lanternas traseiras (com
LEDs para as luzes de posição e freio) e
colunas posteriores largas, que transmitem solidez. O fato de ser 30 mm
mais longo e 25 mm mais baixo que o anterior contribui para a elegância
do novo carro, mas acreditamos que ele fica melhor com as barras de
teto, usadas em alguns mercados e não aqui. Já as rodas de 18 pol são
bonitas e têm pneus 225/55. O teto é feito em alumínio para baixar o
peso e o centro de gravidade.
Continua |