



Todo o desenho da Livina, de
linhas discretas, é mantido nesta versão alongada; a Grand apenas
acrescenta 24 cm atrás das rodas traseiras |
Três
meses depois do lançamento da minivan
Livina, o primeiro carro de passeio da Nissan fabricado no Brasil —
na mesma unidade de São José dos Pinhais, PR de onde saem o picape
Frontier e alguns modelos da
sócia Nissan —, chega a vez da Grand Livina, sua variação com traseira
mais longa e sete lugares. Ambas as opções existem também em outros
mercados ditos emergentes como China, Indonésia, Vietnã, Taiwan, África
do Sul, Malásia e Filipinas.
Para colocar a Grand em segmento um pouco superior — a empresa aponta a
Chevrolet Zafira como principal concorrente —, e também por causa do
aumento de peso em 123 kg, a Nissan optou por usar nela apenas o motor
mais potente da linha, o 1,8-litro de 16 válvulas de sua própria
fabricação, tanto para caixa manual quanto para automática, deixando de
lado a unidade Renault 1,6 16V que vem na Livina curta de câmbio manual.
Há também equipamentos de série e opcionais exclusivos como parte dessa
alteração de posicionamento no mercado.
Como o modelo menor, a Grand Livina vem em acabamentos básico e SL. O
primeiro, que tem preços sugeridos de R$ 54.890 (caixa manual de seis
marchas) e R$ 59.490 (automática de quatro marchas), vem de série com
ar-condicionado, bolsa inflável frontal para motorista, controle
elétrico dos vidros e retrovisores, direção assistida elétrica, volante
ajustável em altura e repetidores laterais das luzes de direção. Vem
ainda com rodas de alumínio de 15 pol, rádio/toca-CDs, controle remoto
de travamento das portas e grade dianteira cromada, itens que a versão
curta só traz no SL.
Na Grand SL os preços passam para R$ 61.190 (manual) e R$ 65.390
(automática) e há como itens adicionais faróis de neblina, bolsa
inflável do passageiro, alarme e freios com sistema antitravamento
(ABS), distribuição eletrônica da força de
frenagem e assistência adicional em
emergência. A lista inclui ar-condicionado com controle automático
de temperatura, bancos e volante revestidos de couro, recursos inéditos
na linha. A versão automática traz ainda o sistema — também novo na gama
Livina — que dispensa a chave para abertura das portas e partida do
motor, dada por um botão giratório, desde que a chave esteja dentro do
carro. A garantia é de três anos, a maior entre as minivans nacionais, e
a fábrica espera participação nas vendas de 30% para SL automática, 20%
para básica manual e 25% para cada uma das demais opções.
Os preços são comparáveis aos das maiores minivans nacionais, como a
citada Zafira e a Citroën Xsara Picasso — ambas com a imagem um tanto
desgastada pelos oito anos de mercado. A Zafira Elegance de caixa
manual, com motor flexível de 2,0 litros e 133/140 cv, custa R$ 70 mil e
a Expression automática sai por R$ 66,6 mil (o acabamento mais simples
explica a diferença). A Picasso 2,0, que não é flexível e tem 138 cv,
fica entre os R$ 56,6 mil da GLX manual e os R$ 69,5 mil da Exclusive
automática. As importadas Kia Carens e Renault Grand Scénic são mais
caras.
A fórmula da Nissan, de obter versões diferentes em comprimento e
capacidade interna a partir do mesmo veículo, não é nova: as francesas
Renault Scénic e Citroën C4 Picasso também dão opção entre modelo normal
e alongado, ou Grand, mas no caso da Livina o desenho da traseira é o
mesmo para ambas. Elas também são iguais até as portas de trás (o
entre-eixos permanece de 2,60 metros), mas a Grand acrescenta 24 cm ao
balanço posterior, o que leva o
comprimento a 4,42 m.
Continua |