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Primeiro carro nacional da Nissan, a minivan Livina convence
pelo espaço e desempenho, mas não pelo acabamento

Texto: Ricardo Panessa - Fotos: divulgação

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Belas rodas e grade cromada dão um ar refinado que o desenho em si não tem; versão básica traz rodas de aço de menor diâmetro e calotas

Nem hatch, nem sedã: uma minivan compacta — tipo de produto até então ausente do leque da marca por aqui — é o primeiro carro de passeio produzido no Brasil pela Nissan, em São José dos Pinhais, PR, depois do utilitário esporte XTerra e de duas gerações do picape Frontier. Trata-se da Livina, desenhada para mercados emergentes como África do Sul, Vietnã, Taiwan, Malásia e Filipinas.

A intenção da marca japonesa é enfrentar minivans como Meriva e Idea, hatches de teto alto como Fit e peruas como SpaceFox, modelos que afinal concorrem em termos de proposta de uso e, até certo ponto, preço. E preço é algo que a Nissan oferece, pois a Livina chega custando a partir de R$ 46.690. São quatro opções: básica e SL (R$ 51.490) com motor de 1,6 litro e câmbio manual e os mesmos acabamentos com motor de 1,8 litro, vinculado a caixa automática de quatro marchas (R$ 50.690 a básica, R$ 56.690 a SL).

Na versão de entrada são equipamentos de série travas, vidros e retrovisores com comando elétrico, direção assistida elétrica, ar-condicionado, bolsa inflável para o motorista, volante ajustável em altura e repetidores laterais das luzes de direção. A SL acrescenta freios com ABS (sistema antitravamento), EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) e assistência adicional em emergência; a bolsa inflável do passageiro da frente, rodas de alumínio de 15 pol, faróis de neblina, revestimento interno aveludado, trava das portas com controle remoto, seu travamento automático em movimento, rádio/toca-CDs com leitura de MP3, banco traseiro bipartido 60/40 e, no caso da versão automática, alarme.

A rede de concessionárias oferece acessórios como anexos aerodinâmicos, sensores auxiliares de estacionamento traseiros e toca-DVDs. A garantia de três anos é um atrativo no segmento. Pela expectativa da Nissan, 35% das vendas deverão ser da versão de entrada, 25% da básica 1,8 e 20% para cada uma das SL. O índice de nacionalização chega a 70%.

O desenho da Livina é agradável, mas não impressiona muito. A grade frontal algo congestionada, parecida com a do crossover Murano, parece ostentar um requinte que o carro não oferece. A traseira tem um ar algo superado e sem inspiração, parecido com a versão anterior do Fit. O recurso estético mais ousado, as colunas traseiras triangulares e espessas, transmite solidez ao custo de um grande ponto cego na visibilidade do motorista. Os mais atentos vão notar dois ressaltos na quinta porta, ao fim do teto, que acomodam as dobradiças da tampa. Diante desse improviso, impressiona a boa solução para o tanque de gasolina da partida a frio, entre o capô e o parabrisa, o que dispensa abrir o capô para abastecimento.
 
Medindo 4,18 metros de comprimento, 1,69 m de largura, 1,57 m de altura e 2,60 m de distância entre eixos, a Livina é dos maiores entre os concorrentes citados. Na mesma ordem, a Meriva tem 4,04/1,69/1,62/2,63 m; a Idea, 3,93/1,70/1,69/2,51 m; a SpaceFox, 4,18/1,66/1,57/2,46 m; e o Fit, 3,90/1,69/1,53/2,50 m. Assim, a nova Nissan passa a agradar mais quando se avalia o espaço interno. Os bancos dianteiros são apenas razoáveis, mas acomodam bem. Já o traseiro, embora comporte melhor apenas duas pessoas, permite que três viajem com relativo conforto. Há bom espaço para as pernas e, sobretudo, para a cabeça de passageiros de qualquer estatura. Continua

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O pacote visual com anexos aerodinâmicos pode ser adquirido nas concessionárias, assim como toca-DVDs, alarme e sensor de estacionamento
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Portamalas para 449 litros é dos maiores da categoria; câmbio automático tem apenas quatro marchas; boa solução para o tanque de partida a frio

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Data de publicação: 19/3/09

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