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O painel da Livina foi mantido, mas a SL traz novos itens como bancos de couro, ar-condicionado automático e acesso e partida sem chave

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O banco da segunda fila pode ser ajustado em distância e reclinação; o da terceira não é muito confortável, mas forma piso plano se rebatido

O resultado estético? Discutível. Se na versão curta o pequeno balanço traseiro está dentro do padrão de minivans, a Grand parece um tanto "esticada" quando vista de lado, lembrando uma perua tradicional, apesar da altura. A Nissan também poderia ter evitado os "calombos" na parte superior da quinta porta, comuns ao modelo menor e que dão espaço a suas dobradiças. Mas o conjunto não decepciona e, mesmo que seja difícil se apaixonar pelo desenho discreto da linha Livina, esse fator não deve impedir seu sucesso.

Itens inéditos   A parte dianteira do habitáculo é a mesma da Livina conhecida, com painel simples e funcional, boa posição para o motorista e instrumentos em três módulos, sem termômetro do motor (mas há luzes-piloto para indicar motor frio e quente, como no Honda Fit). A ausência de regulagem de altura do banco não chega a incomodar, pois a altura padrão permite boa visibilidade — como costumam apreciar os compradores de minivans — e ainda deixa muito espaço livre acima da cabeça de um motorista de média estatura. O revestimento em couro de série vem em bem escolhido tom cinza claro, que ajuda na sensação de espaço e não esquenta tanto quanto o preto.

O banco central (segunda fila de lugares) tem acomodação confortável para duas pessoas, com bom espaço para pernas, mas com três se torna apertado em largura. Mesmo na Grand básica ele vem bipartido em 60/40 e permite ajuste longitudinal do assento e reclinação independente do encosto; na SL há apoio de braço central com dois porta-copos. O novo banco traseiro (terceira fila), como em outras minivans desse porte, tem acesso algo apertado e espaço exíguo para as pernas, mas conta com cintos de três pontos e encostos de cabeça.

Ao contrário da Zafira, que tem bancos separados, a Grand Livina usa um inteiriço que precisa ser todo rebatido se a preferência for aumentar a capacidade de bagagem. A operação de rebatimento é feita por um único movimento e, sem o elaborado sistema da GM em que os bancos "desaparecem" no assoalho, a Nissan ao menos fez com que se formasse uma plataforma plana quando rebatidos os da segunda e os da terceira fila. O compartimento de bagagem é amplo em qualquer condição: 589 litros com cinco lugares em uso (ante 449 da Livina curta), 123 com sete lugares e 964 com dois. E conta com cobertura dobrável para uso quando a terceira fila estiver rebatida.

O sistema de acesso e partida sem chave, que não equipava a Grand Livina SL cedida para nossa avaliação por ela ter caixa manual, é chamado pela Nissan de I-Key, Intelligent Key ou chave inteligente. Com a chave eletrônica junto do usuário (no bolso ou na bolsa, por exemplo), as portas são destravadas assim que se pressiona um botão ao lado das maçanetas externas. Para ligar o motor usa-se um botão giratório — não de apertar como nos sistemas do Renault Mégane e do Ford Focus Ghia. Uma chave embutida é usada em caso de problemas com o sistema (bateria descarregada, por exemplo) e para abrir o tanque de gasolina da partida a frio.

Ao volante   O motor 1,8 16V flexível com bloco de alumínio, que vem como padrão na Grand, é o mesmo da Livina automática e do Tiida. Feito no México, tem potência de 125 cv com gasolina e 126 cv com álcool, enquanto o torque máximo é de 17,5 m.kgf com qualquer dos combustíveis — e 90% desse valor estão disponíveis a 2.400 rpm. O peso adicional reflete-se em aceleração mais lenta que na Livina curta, como ao fazer de 0 a 100 km/h em 11,9 segundos, com caixa automática, em vez de 10,7 s. Já a velocidade máxima muda pouco, de 182 para 180 km/h. No caso da Grand com câmbio manual os valores são de 189 km/h e 11 s, muito bons para o tipo de veículo.

Na versão SL manual o motor mostrou bom torque em baixa rotação, mas o nível de ruídos e vibrações quando mais exigido está acima do razoável para o preço. O câmbio de seis marchas, de engates leves e precisos, facilita aproveitar a potência, mas leva a trocas mais frequentes no uso urbano do que em um cinco-marchas. A sexta poderia ser até mais longa para baixar a rotação em viagem, hoje ao redor de 3.200 rpm a 120 km/h. Ponto que incomoda é a retenção de giros do motor ao deixar de acelerar, como nas trocas de marcha, provavelmente uma medida para reduzir emissões. A suspensão tem acerto mais para firme, em que a absorção de irregularidades do piso é boa, mas o rodar poderia ser mais macio sem prejuízo da estabilidade, muito boa para uma minivan. Destaque é a direção muito leve em baixa velocidade.

A linha Livina não esconde sua origem de carros destinados a mercados emergentes, que explica economias como os cintos dianteiros sem ajuste de altura da ancoragem superior. Mesmo assim, a Grand se mostra um carro bem pensado, agradável de dirigir e com boas soluções internas. Uma válida opção a quem precisa de sete lugares, pensa em uma alternativa à antiga Zafira e não quer ou não pode gastar muito.

Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 84 x 81,1 mm. Cilindrada: 1.798 cm3. Taxa de compressão: 9,9:1. Injeção multiponto sequencial. Potência máxima: 125 cv (gas.) e 126 cv (álc.) a 5.200 rpm. Torque máximo: 17,5 m.kgf a 4.800 rpm.
CÂMBIO - manual, 6 marchas, ou automático, 4 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson; traseira, eixo de torção.
RODAS - 5,5 x 15 pol; pneus, 185/65 R 15.
DIMENSÕES - comprimento, 4,42 m; largura, 1,69 m; altura, 1,585 m; entreeixos, 2,6 m; capacidade do tanque, 50 l; porta-malas, 123 l (com 7 lugares) ou 589 l (com 5 lugares); peso, 1.293 kg (com câmbio automático, 1.306 kg).
DESEMPENHO - velocidade máxima, 202 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 11,8 s.
Dados do fabricante; consumo não disponível
Desempenho e consumo
  câmbio manual câmbio automático
  gas. álc. gas. álc.
Velocidade máxima 189 km/h 190 km/h 180 km/h 181 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,0 s 10,9 s 11,9 s 11,8 s
Consumo em cidade 11,4 km/l 6,9 km/l 11,2 km/l 6,7 km/l
Consumo em estrada 15,7 km/l 9,4 km/l 16,8 km/l 10,1 km/l
Dados do fabricante

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