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Com o câmbio em modo manual e o ESP em esporte, o C43 é puro prazer de dirigir rápido: escapadas de traseira são bem toleradas

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Bancos com intenso apoio lateral e volante com base achatada dão o ar esportivo do interior; o painel inclui mostrador central multifunção

O processo de montagem do propulsor, que é artesanal, chega ao requinte de ser aplicada uma plaqueta com a assinatura do técnico responsável pelo processo. Dotado de coletor de admissão variável em magnésio e variador de tempo de abertura das válvulas, o V8 fornece neste modelo a potência de 457 cv a 6.800 rpm e o torque máximo de 61,2 m.kgf a 5.000 rpm, com mais de 51 m.kgf disponíveis na faixa de 2.000 a 6.250 rpm. A fábrica declara aceleração de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos, tempo de autêntico carro esporte e 0,3 s menor que o dos concorrentes diretos, o BMW M3 e o Audi RS4, ambos de 420 cv. A velocidade máxima é limitada a 250 km/h pela central eletrônica, resultado de acordo entre parte dos fabricantes alemães (a Porsche não participa) e o governo do país.

Se a ausência de caixa manual pode incomodar a alguns, é compensada por uma automática de primeira linha: a AMG SpeedShift Plus 7G-Tronic, derivada do câmbio de sete marchas da Mercedes, mas revista para operação mais esportiva. Além das mudanças manuais seqüenciais por alavancas solidárias ao volante (sobe pela direita, reduz pela esquerda), oferece três modos de funcionamento (conforto, esporte e manual), com trocas mais rápidas nos dois últimos, e promove uma rápida aceleração interina nas reduções, o que as torna mais suaves e muito agradáveis aos ouvidos.

As modificações no sedã para se tornar um AMG passam ainda por toda a recalibração das suspensões, menor altura de rodagem, bitola 35 mm mais larga à frente e 12 mm na traseira, direção com assistência refeita e relação mais baixa (apenas 13,5:1), freios a disco ventilados e perfurados com maior diâmetro e pneus 235/40-18 à frente e 255/35-18 atrás. Acabou? Não: há ainda o controle de estabilidade (ESP) com três modos, normal, esporte e desligado.

O esporte permite certa dose de saídas da trajetória em uso vigoroso antes que o controle atue, mediante frenagem individual das rodas e corte de potência do motor. Na posição desligada não existe atuação, mas nesses dois modos o sistema permanece em alerta e, se o motorista tocar nos freios, o programa normal é restabelecido. Vale notar que, em qualquer dos modos, permanece ativo o controle de tração por meio de frenagem da roda que perde aderência. O objetivo é simular a atuação de um diferencial autobloqueante, que pode ser adicionado como opcional.

Ao volante   A pista da Fazenda Capuava foi ótima escolha para o tipo de carro. Reúne curvas de variados raios, algumas em seqüência, e uma reta onde se pode chegar perto de 200 km/h — velocidade que seria maior se a empresa não tivesse criado uma chicane, com cones, antes da última curva anterior a esse trecho.

O C63 impressiona ao primeiro contato. O banco firme e muito envolvente apóia bem o corpo — e chega a deixar dúvida sobre o conforto dos mais corpulentos, tal a intensidade dos apoios laterais. Seus ajustes são todos elétricos, no padrão habitual Mercedes de comandos na porta que imitam o desenho do banco, simples e bons de usar. O volante pequeno tem pega ideal, mas quem gosta de deixá-lo mais baixo terá prejuízo à leitura dos instrumentos.

Dada a partida, o grande V8 emite um ronco bem audível, que se torna um rugido quando o acelerador é cutucado com vontade. Longe de ser discreto, não incomoda quem está dentro pelo bom isolamento acústico — aliás, como se incomodar com tal música aos ouvidos? Ao sair, a facilidade com que os 1.730 kg do carro são levados pelo motor, com abundância de potência em baixa rotação, não faz supor que sob o capô haja expressivos 73,6 cv/litro de potência específica.

Com o câmbio automático e o controle de estabilidade em modo normal, as sensações são boas, mas não surpreendem. As trocas de marcha acontecem com suavidade, podendo o motorista comandá-las pelas "borboletas" mesmo sem ativar o modo manual da caixa. Nas curvas fechadas que predominam no circuito, o ESP entra logo e acaba com a diversão ao provocar subesterço, para que um motorista menos habilidoso tenha a reação intuitiva de aliviar o acelerador. Notam-se, ainda assim, a grande aderência dos pneus de série 40 e 35, a firmeza da suspensão e a rapidez e precisão da direção. Mas isso é só o começo. Continua

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