



As linhas retas dão ar
discreto ao GLK e até o fazem parecer antigo; já os faróis de xenônio e
as rodas de 19 pol transmitem modernidade
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É
fato que os utilitários esporte — dos mais acessíveis aos mais luxuosos
— se tornaram parte integrante das ruas e estradas de todo o mundo. Em
função disso, receberam melhorias e variações ao longo dos anos para
atender a públicos mais diversos, muitos deles sem nenhuma intenção de
tirar o veículo do asfalto, mas interessados em seu aspecto robusto, sua
imagem aventureira e sua imponência no trânsito.
A Mercedes-Benz é uma das marcas com maior tradição nesse segmento, em
que estreou há 40 anos com o jipe
Classe G, muito cultuado na
Europa. No Brasil, o mais conhecido deles é o
Classe M, no mercado desde o fim
da década de 1990 e já na segunda geração. Seguindo a nomenclatura do G,
a Mercedes criou o GL, um
grande utilitário com foco no mercado norte-americano, de enorme espaço
interno e sete lugares com conforto. Como opção menor e mais acessível,
os alemães lançaram no exterior no ano passado o GLK, em que o K de
Kompact informa que o modelo é o compacto da linha. Em março a empresa
fez a estreia do GLK no mercado brasileiro.
Quando se vê o modelo pela primeira vez, nem sempre se cria simpatia por
seu desenho. Todo baseado em formas retas, com uma linha de cintura
baixa que deixa o teto com aspecto de ser muito alto, chega a parecer um
utilitário de concepção mais antiga e não um lançamento, ainda mais se
comparado ao belo e curvilíneo Classe M. Mas basta prestar a atenção a
suas linhas para que elas pareçam mais palatáveis. As formas retas estão
em toda parte, mas denotam uma harmonia que começa a se mostrar
simpática. A Mercedes divulga que esse padrão de desenho deverá ser a
palavra de ordem nos próximos utilitários esporte da marca. Segundo
pesquisas feitas pelos alemães, esse tipo de linhas é o que melhor
representa a robustez do tipo de veículo e a identidade da estrela de
três pontas nesse segmento. Vamos ver com o tempo se as pesquisas
estavam certas ou não.
A frente do GLK mostra um desenho interessante, em que a grade se
destaca tomando quase a totalidade da largura do carro. Ela transmite
robustez e esportividade, até porque a estrela de três pontas está
inserida na grade, como nos esportivos da marca. Os faróis (com
lâmpadas de xenônio para ambos os
fachos, sendo o refletor do baixo elipsoidal)
lembram muito os do Classe C e invadem
também pela parte superior uma parte do capô. O para-choque é marcado,
como não poderia ser diferente, pelos traços retos, tanto em seu formato
quanto nos detalhes nele inseridos, como os locais dos faróis de neblina
e as entradas de ar.
A traseira não é expoente em criatividade, mas também não compromete.
Ela é composta pelas lanternas de grandes dimensões nas extremidades
inferiores da traseira com uma tampa de desenho quadrado. O para-choque
acompanha as linhas restas e traz embutido o par de luzes de neblina. De
se ressaltar as saídas do escapamento que, para não destoar do resto do
carro, também são quadradas. A lateral talvez seja sua porção mais
marcante, com destaque ao longo capô. O perfil retilíneo não impede um
bom coeficiente aerodinâmico (Cx) para o
tipo de veículo, 0,35.
Continua |