


O monitor central serve
também ao sistema de áudio, cuja qualidade impressiona; a capacidade de
bagagem, contudo, é mediana: 450 litros |
O
sistema de áudio merece um comentário a parte. De qualidade excepcional,
reproduz MP3, tem capacidade para seis
discos no painel, possui controles no volante e sistema
Bluetooth de interface para telefone
celular (com conexão fácil e rápida e qualidade de som da ligação muito
boa, além de permitir a transferência da agenda telefônica). Há ainda
entrada auxiliar no porta-luvas, que poderia ser mais elaborada: além de
não ser do tipo USB, o acesso ao item auxiliar pelo motorista é difícil
e o rádio não comanda o equipamento ali conectado.
Comportamento esportivo
Logo na saída, percebe-se que o V6 de 3,0 litros com quatro válvulas por
cilindro é um motor bem disposto e bem dimensionado para o GLK, pois o
empurra com vontade. Essa versão intermediária na gama, e por enquanto a
única disponível no Brasil, produz potência de 231 cv a 6.000 rpm e
torque de 30,6 m.kgf a baixas 2.500 rpm. Os méritos de o carro de 1.830
kg se mover com tamanha naturalidade deve ser compartilhado com a
excelente caixa automática 7G-Tronic de sete marchas, que aproveita bem
a potência do motor em qualquer condição de rodagem e efetua trocas
rápidas e suaves, praticamente imperceptíveis.
Há dois modos de
operação, Comfort e Sport, o segundo efetuando as trocas em rotações
mais altas. A única ressalva fica para as trocas manuais feitas
comandando a alavanca lateralmente, com movimentos para a direita para
subir e à esquerda para reduções. Talvez fosse melhor seguir o padrão de
frente-trás, mas com um pouco de atenção o motorista se acostuma a essa
configuração.
Esse conjunto motriz despeja a potência nas quatro rodas o tempo todo,
já que a tração integral é permanente (saiba mais sobre
técnica). O mais interessante do sistema é que no GLK ele não está
calibrado levando-se em consideração somente as situações de
fora-de-estrada. É que este Mercedes tem outra faceta que se mostra aos
poucos, mas é muito interessante: ele leva a denominação “esporte” do
tipo de veículo um pouco mais a sério do que outros modelos do gênero.
A
calibração da tração integral também considera as reações do carro
quando conduzido como todo entusiasta gosta. Com isso, a eletrônica
embarcada dá uma grande ajuda ao comportamento dinâmico. Somado à
eficiente arquitetura da suspensão, as suspeitas de que a Mercedes
pensou em algo mais nesse carro ficam mais evidentes. A
combinação já começa a despertar o diabinho ao lado da orelha e, quando
se põem à prova as enormes rodas de 19 pol com pneus Bridgestone Dueler
H/P 255/45, confirma-se a má intenção dos alemães na construção desse
carro — mas aquela má intenção que adoramos.
Continua |