O primeiro fruto da união

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A compra da Chrysler coloca a Fiat no segmento de utilitários esporte
com o Freemont, que brilha pela relação custo-equipamento

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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Jeito conhecido? Não é para menos: foram poucas alterações visuais para que o Dodge Journey, lançado em 2007, se tornasse o Freemont

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Grade, para-choques e logotipos identificam a versão da Fiat, que usa leds nas lanternas traseiras... assim como o modelo atual da Dodge

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O painel de "desenho italiano" já está também no Journey; o mostrador central informa velocidade, pressão de pneus e funções do computador

O projeto vem dos Estados Unidos, assim como motor e câmbio; a produção é no México, mas a marca é italiana e, apesar disso, na central de comando do painel as opções de idiomas são apenas inglês, francês e espanhol. Esse curioso caso de globalização chega ao Brasil como primeiro fruto de uma união intercontinental: o Fiat Freemont, uma variação do Dodge Journey que inaugura por aqui os frutos da aquisição da Chrysler pela Fiat.

Na definição da marca ele é um utilitário esporte, pois assim os consumidores que participaram de pesquisas o consideraram, mas dessa categoria o Freemont — nome que remete a liberdade e parece derivar de Fremont, cidade na Califórnia — tem poucos elementos. Parece mais uma grande perua com altura acima da média, já que nem o vão livre do solo (190 mm) segue o padrão dos utilitários. De qualquer forma, a fábrica espera que ele concorra com alguns deles, como Chevrolet Captiva, Honda CR-V e Hyundai IX35.

Trazido do México sem o Imposto de Importação de 35%, o Freemont chega a preços competitivos. A versão Emotion, de cinco lugares, custa R$ 81.900 e traz de série controles de estabilidade e tração, freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD), bolsas infláveis frontais, rodas de alumínio de 16 pol, sensor de pressão dos pneus, faróis e luz traseira de neblina, ar-condicionado automático de duas zonas de ajuste, acesso e partida do motor sem uso de chave, sistema multimídia Uconnect, computador de bordo, volante revestido em couro com regulagem de altura e distância, controlador de velocidade e alarme. Opcionais, apenas as barras de teto longitudinais fixas e transversais ajustáveis.

A versão Precision, por R$ 86.000, acrescenta dois lugares, bolsas infláveis laterais dianteiras e cortinas (que protegem ocupantes de duas filas de bancos), encosto de cabeça dianteiros ativos, cintos de três pontos para todos os ocupantes, rodas de 17 pol, três zonas de ajuste de ar-condicionado (uma dedicada aos passageiros de trás), sensores de estacionamento traseiros, faróis com comando automático, banco do motorista com regulagens elétricas (apenas no assento) e rebatimento elétrico dos retrovisores. Para ela são oferecidas as opções de revestimento interno em couro preto ou bege, com aquecimento nos bancos dianteiros, e teto solar com controle elétrico.

A garantia é de três anos e toda a rede de 560 concessionárias da Fiat está apta a vender e manter o modelo, do qual a empresa prevê colocar nas ruas de 1.000 a 1.500 unidades por mês. Os compradores participam do clube L'Unico, já conhecido do Linea, que inclui benefícios como socorro mecânico ou reboque (até mesmo para furo de pneu e acidentes de trânsito), hospedagem e transporte alternativo para motorista e passageiros, reservas para shows e restaurantes, transporte para revisões, carro reserva sem carência de tempo e canal próprio de atendimento telefônico.

O Brasil é um dos poucos mercados em que as versões Fiat e Dodge vão conviver, o que explica as poucas diferenças aplicadas ao Journey para que se tornasse o Freemont: em linhas gerais mudam apenas grade, para-choques e logotipos. Apesar de toques de modernidade, como as lanternas traseiras com leds para as luzes de posição e de freio, o desenho como um todo está longe de inovar — nem se esperaria diferente, pois o modelo original foi apresentado há quatro anos.

A marca de Betim, MG, gosta de apontar o painel remodelado "ao estilo italiano", de aspecto muito superior ao do Journey vendido até agora no Brasil, mas o modelo da Chrysler também o adotou na linha 2011. O ambiente mostra acabamento bem cuidado, com plásticos macios e regiões acolchoadas onde se apóiam os braços nas portas. Os bancos são amplos e bem definidos em espuma e formato. Na versão Precision com ajustes elétricos, o do motorista pode ser regulado tanto em altura quanto em inclinação e em apoio lombar; já a reclinação do encosto é por alavanca em pontos predeterminados.

O quadro de instrumentos, com aparência e iluminação agradáveis, inclui computador de bordo com várias funções, incluindo velocímetro digital, gráfico de consumo instantâneo e indicação individual de pressão dos pneus. Comandos no volante acionam computador, controlador de velocidade e sistema de áudio. A chave eletrônica não tem serrilha, bastando mantê-la consigo para destravar as portas e a tampa traseira, dar partida ao motor por botão no painel e trancar o carro ao deixá-lo. A visibilidade poderia ser melhor, sobretudo em ângulo para trás.

O sistema Uconnect é atração à parte: pela tela central de 4,3 polegadas sensível ao toque controlam-se ar-condicionado e o rádio/CD com função MP3, entradas USB e auxiliar, interface Bluetooth e comando de voz — não em português, porém. Para facilitar o uso, os comandos de ar estão em duplicada nos botões abaixo da tela.  No Precision até mesmo os ajustes de ar-condicionado para a traseira podem ser feitos por ali, com repetição em um painel de teto para os passageiros. Continua

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Data de publicação: 13/8/11

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