Ninguém diz que custa o que custa

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Versão simplificada do Dodge Journey, que mantém os equipamentos de
segurança e o motor V6, é válida opção aos utilitários e às minivans

Texto e fotos: Roberto Agresti

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Quase cinco metros de espaço, conforto e segurança por R$ 85.900: a Dodge propõe com o Journey SE uma forte opção em custo-benefício

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O desenho é o mesmo para as três versões hoje disponíveis; a maior diferença está nas rodas de 16 pol (contra 17 e 19) de aço com calotas

Um imponente crossover por R$ 85.900? Sim, e esta pode ser a cartada mais precisa do Chrysler Group do Brasil nos últimos tempos. Afinal, além de não existir praticamente nenhum concorrente que ofereça o que o Dodge Journey SE oferece em termos de espaço, equipamentos e — sobretudo — em imponência e status por esse preço, ele é quase igual na aparência aos irmãos mais luxuosos SXT (R$ 99.900) e R/T (R$ 108.000). E assim, se você é o tipo do sujeito que baliza sua compra pelo grau de inveja que vai causar na vizinhança, o Journey SE é para você. Conselho: apenas troque as rodas, que nesta versão são de aço com calotas, o que os vizinhos dirão que é coisa de carro popular.

Agora se você é do tipo que pouco se interessa pelo que seu vizinho vai achar do carro, mas valoriza aspectos como a segurança da família, o Journey SE também se sai bem. Nota máxima (cinco estrelas) nos testes de impacto frontal e lateral pelo padrão da NHTSA (National Highway Traffic Safety Adminstration), o órgão federal norte-americano que controla a segurança dos veículos vendidos nos Estados Unidos.

E não é só isso: mesmo nesta versão SE, mais barata, o Journey conta com os mesmos dispositivos de segurança ativa presentes nas versões mais caras, como freios a disco nas quatro rodas com sistema antitravamento (ABS), controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistência em frenagem de emergência e a atenuação eletrônica de risco de capotagem. E se o tema for segurança passiva, oito bolsas infláveis equipam esse Dodge, a saber: as clássicas frontais para motorista e passageiro, mais duas sob o painel para joelhos de ambos, laterais instaladas nos bancos dianteiros e de cortina para os ocupantes de ambas as fileiras de bancos. Há ainda encostos de cabeça dianteiros ativos e fixações Isofix para cadeiras infantis.

Um terceiro tipo de cliente também pode ser presa fácil do Journey SE: um tipo que não está nem aí para o que pensa ou acha o vizinho e que pouco se importa com a segurança embarcada. O que ele quer saber mesmo é de conforto e espaço, muito espaço. E, fiel à origem de sua marca, esse Dodge (apesar de ser “cucaracho” de nascença, feito em Toluca, no México) não renega alguns dos bons valores da indústria automobilística norte-americana, sendo dotado de inúmeros porta-copos e garrafas, tomadas de força de 12 volts para todo lado e dimensões internas capazes de abrigar cinco grandes comedores de hambúrguer, com mais de 1,90 metro de estatura, sem fazer com que nenhum deles reclame de aperto.

E levando a bagagem de todos em um compartimento  de 758 litros (até o teto, ampliáveis a 1.461 com o banco rebatido) que, nesta versão de cinco lugares, sem os banquinhos escamoteáveis, ganhou um grande espaço sob o assoalho, coberto por uma ampla tampa. Ali é possível esconder tudo aquilo que você quiser — lanterna, óleo sobressalente, ferramentas — sem roubar espaço do porta-malas propriamente dito, que conta com cobertura flexível. E há mais dois bons compartimentos sob o piso diante do banco dos passageiros onde cabem várias latas de bebida e... gelo! Sim, esse Dodge lembrou-se da infinita sede nas grandes viagens. Para quem vai na frente, um porta-objetos refrigerado (ou aquecido, você decide) sobre o porta-luvas, capaz de levar uma grande garrafa do líquido que você quiser. Nas portas, todas, enormes espaços e encaixe para mais garrafas.

O visual interno não é dos mais atraentes no desenho, sem incomodar, e traz revestimento de tecido (que a Chrysler destaca ser de fácil limpeza) agradável, assim como os bancos, nem macios nem duros demais e com conformação correta. O quadro de instrumentos com um grafismo verde degradê é algo feio, mas funcional. Não há computador de bordo, apenas um econômetro: aparece escrito Eco se o motorista exige um pouco mais e, se for delicado com o acelerador, surge Eco On. Para a trilha sonora das viagens, o sistema de áudio traz disqueteira para seis CDs no painel e leitura de MP3. É boa a posição de dirigir, com ampla regulagem de altura do banco e ajuste de apoio lombar, e o volante de quatro raios tem boa pega e excelente curso nas regulagens em distância e altura. Merecem revisão o pedal do freio um pouco alto em relação ao piso, mesmo para quem calça número 42, e a facilidade com que a alavanca de abertura do capô é aberta sem querer quando se desativa o freio de estacionamento por pedal. Continua

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Data de publicação: 13/7/10

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